À luz das crescentes incertezas, o Banco Central do Brasil indicou que está mantendo todas as opções de política em aberto, incluindo possíveis mudanças nas taxas de juros futuras. O diretor de política monetária, Gabriel Galipolo, falando em um fórum de cooperativas de crédito no estado de Goiás na terça-feira, enfatizou a postura dependente de dados do banco devido ao aumento da incerteza.
Galipolo destacou que o atual ambiente econômico desafiador, caracterizado por um mercado de trabalho forte e pressões sobre o real, impede o banco de fornecer orientações específicas sobre a direção de futuros cortes de juros. O banco central havia colocado uma pausa em seu ciclo de flexibilização em junho, após sete reduções consecutivas de juros, que reduziram a taxa básica de juros Selic para 10,5%.
Em meio a especulações de que ele pode ser o próximo a liderar o banco quando o mandato do presidente Roberto Campos Neto terminar em dezembro, Galipolo expressou preocupação com as expectativas de inflação do mercado que não estão alinhadas com as metas oficiais, apesar dos dados de inflação atualmente benignos. Ele ressaltou que o mercado de trabalho apertado no Brasil ainda não resultou em aumento de salários e inflação, sugerindo que o processo de desinflação pode ser mais custoso e gradual.
O diretor também reconheceu que fatores domésticos estão contribuindo para o enfraquecimento do real. No entanto, ele observou que o fortalecimento global do dólar americano se deve principalmente às expectativas de que as taxas de juros dos EUA permanecerão mais altas por um período prolongado. Além disso, ele mencionou que o real brasileiro está experimentando maior volatilidade porque é uma moeda líquida.
No acumulado do ano, o real brasileiro se desvalorizou mais de 10% em relação ao dólar americano, refletindo os desafios mais amplos enfrentados pela economia e moeda do país.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.