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Calendário Econômico - 5 principais eventos desta semana

Publicado 14.10.2018, 06:23
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Investing.com - A semana que vem marca a primeira grande semana da temporada de resultados do terceiro trimestre em Wall Street, com nomes como Bank of America (NYSE:BAC), Goldman Sachs (NYSE:GS), Netflix (NASDAQ:NFLX) e IBM (NYSE:IBM) apresentando seus balanços corporativos.

Os mercados financeiros globais também se concentrarão na divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, a ser publicada na quarta-feira, para aprofundar as perspectivas para a política monetária nos próximos meses.

Além dos balanços e do Fed, os dados de vendas do varejo para setembro, divulgados na segunda-feira, devem dar sinais mais claros sobre a força do consumidor americano.

Um lote recente de dados econômicos otimistas, combinados com comentários agressivos de autoridades do Fed, reforçou o argumento de que o banco central americano deve aumentar as taxas em dezembro e além disso, provocando um forte salto nos rendimentos do Tesouro.

Os investidores também estarão se preparando para qualquer notícia fora da esfera política, como as eleições americanas - previstas para novembro - que estão se aproximando.

Além disso, a China também apresentará dados importantes, incluindo o PIB do terceiro trimestre na sexta-feira, em meio a alertas de analistas de que a disputa comercial atual com os EUA poderia arrastar a atividade econômica.

O relatório semestral do Tesouro sobre manipuladores de moeda também estará na agenda. A China há anos se esquivou de ser rotulada como uma e os relatos da mídia sugerem que ela também não será desta vez, mesmo com o iuan se aproximando da marca de 7 por dólar.

Já na Europa, investidores terão acesso aos últimos dados de inflação, de emprego e de vendas no varejo do Reino Unido e, assim, irão obter mais indicações sobre o efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo sobre a economia.

As manchetes políticas também estarão em foco, já que os investidores acompanharão os acontecimentos em torno das conversas sobre Brexit e do drama sobre orçamento da Itália.

Espera-se que os líderes da União Européia reunidos em Bruxelas, de quarta a sexta-feira, passem algum tempo discutindo a Itália, mesmo que não esteja formalmente na agenda de três dias de conversações.

Essa agenda inclui esforços para finalizar um acordo para a retirada da Grã-Bretanha.

Antes da próxima semana, a Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico com maior probabilidade de afetar os mercados.

1. Início da temporada de resultados dos EUA no 3º tri em alta velocidade

Cerca de 60 empresas constituintes do S&P 500 deverão divulgar seus resultados financeiros nesta semana, inclui sete constituintes do Dow, na que será a primeira grande semana da temporada de resultados do terceiro trimestre.

Bank of America e Charles Schwab (NYSE:SCHW) devem divulgar os resultados antes do pregão de segunda-feira.

Na terça-feira, Goldman Sachs, Morgan Stanley (NYSE:MS), Blackrock (NYSE:BLK), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) e UnitedHealth (NYSE:UNH) divulgarão pela manhã, enquanto os gigantes da Netflix e da IBM devem fazê-lo depois do fechamento junto com CSX (NASDAQ:CSX) e United Continental (NASDAQ:UAL).

Na quarta-feira, a Abbott Labs (NYSE:ABT), US Bancorp (NYSE:USB), Winnebago Industries (NYSE:WGO) e Northern Trust (NASDAQ:NTRS) informam seu lucros nas horas de pré-mercado, enquanto a Alcoa (NYSE:AA), Kinder Morgan (NYSE:KMI), United Rentals (NYSE:URI) e Steel Dynamics (NASDAQ:STLD) publicarão os resultados à noite.

Blackstone (NYSE:BX), Bank of NY Mellon (NYSE:BK), Philip Morris (NYSE:PM), PPG Industries (NYSE:PPG), Nucor (NYSE:NUE) e Travelers (NYSE:TRV) estão em pauta quinta-feira de manhã. Após o fechamento, esperam-se resultados da American Express (NYSE:AXP), PayPal (NASDAQ:PYPL), E-Trade (NASDAQ:ETFC), Intuitive Surgical (NASDAQ:ISRG), e Skechers (NYSE:SKX).

Finalmente, os resultados corporativos da Procter & Gamble (NYSE:PG), Schlumberger (NYSE:SLB) e Honeywell (NYSE:HON) encerram a semana na sexta-feira.

Analistas disseram que esperam outro trimestre forte, com crescimento de lucros em torno de 20%, segundo dados da Thomson Reuters.

No entanto, a temporada está sendo obscurecida pelas tensões comerciais e seu impacto nos lucros corporativos, com analistas propensos a analisar as previsões para ver se as empresas discutem o impacto das políticas comerciais do presidente Donald Trump em planos de gastos futuros, custos de insumos e lucratividade.

2. Atas da Reunião do Fed

O Federal Reserve divulgará nesta quarta-feira, às 15h, as atas de sua mais recente reunião de política monetária.

O banco central americano elevou as taxas de juros em um quarto de ponto, como era amplamente esperado após sua reunião em 26 de setembro - a sua terceira subida de taxa do ano - e assumiu um tom ligeiramente mais agressivo ao deixar cair a palavra "acomodativo" para descrever a sua posição de política monetária.

Diversos discursos do Fed também chamarão a atenção do mercado na próxima semana, especialmente depois que o presidente Donald Trump chamou o Fed de "maluco", "louco" e "agressivo demais" ao aumentar as taxas.

A Presidente do Federal Reserve Bank de San Francisco, Mary Daly, fala terça-feira, o Governador do Fed, Lael Brainard fala sobre a quarta-feira, o Governador do Fed, Randal Quarles fala na quinta-feria e o chefe do Fed de Atlanta, Raphael Bostic fala sexta-feira.

O Fed prevê outro aumento de taxa em dezembro, mais três no ano que vem, e um aumento em 2020, apesar da crescente tensão comercial com a China e da crescente pressão verbal da Casa Branca.

3. Vendas no varejo dos EUA

O Departamento de Comércio divulgará dados de setembro sobre vendas no varejo às 09h30 da próxima segunda-feira.

O consenso das previsões indica que o relatório mostrará que as vendas no varejo subiram 0,7% após um aumento de apenas 0,1% em agosto, o menor aumento em seis meses.

Excluindo o setor automotivo, espera-se que as vendas tenham aumento de 0,4%.

Vendas no varejo crescentes com o tempo estão relacionadas com crescimento econômico mais forte, ao passo que vendas fracas sinalizam economia em declínio. Os gastos dos consumidores são responsáveis por cerca de 70% do crescimento econômico norte-americano.

Além do relatório de vendas no varejo, o calendário desta semana também apresenta dados norte-americanos sobre alvarás de construção, construção de novas casas, produção industrial, e também estudos sobre as condições manufatureiras nas regiões de Filadélfia e Nova York.

4. PIB da China no 3º tri

A China será a primeira entre as maiores economias globais a divulgar o crescimento do terceiro trimestre ao publicar seus números do PIB por volta de 23h na sexta-feira.

O relatório deve mostrar que a segunda maior economia do mundo cresceu entre julho e setembro. um pouco mais baixo do que o crescimento de 6,7% no segundo trimestre do ano.

A nação asiática irá também divulgar os dados de setembro sobre produção industrial, investimento em ativos fixos e vendas no varejo em conjunto com o relatório do PIB.

Dados recentes começaram a mostrar que a economia da China pode estar perdendo força, aumentando preocupações sobre as possíveis conseqüências da disputa comercial EUA-China.

Os EUA cobrou tarifas de mais de metade dos US$ 500 bilhões em importações chinesas, razão pela qual a China retaliou, depois que várias rodadas de negociações não conseguiram resolver as reclamações sobre as políticas industriais chinesas, falta de acesso ao mercado na China e um déficit comercial de US$ 375 bilhões.

5. Números da inflação do Reino Unido

O Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS, na sigla em inglês) divulgará dados sobre a inflação dos preços ao consumidor em setembro na próxima quarta-feira às 05h30.

Os analistas esperam que o IPC anual caia para 2,6%, um pouco mais lento do que o aumento de 2,7% observado em agosto, enquanto o núcleo da inflação deve cair de 2,1% para 2,0%.

Além do relatório de inflação, investidores irão se concentrar nos dados mensais de emprego e vendas no varejo, que devem ser divulgados na terça e na quinta-feira, respectivamente, na busca de mais indicações sobre a saúde da economia.

O verão da economia britânica se mostrou mais forte do que o esperado, já que o clima quente estimulou os gastos do consumidor, embora um fraco mês de agosto tenha sugerido crescimento mais lento antes do Brexit no próximo ano, conforme mostraram dados oficiais da semana passada.

Mantenha-se atualizado sobre todos os eventos econômicos desta semana visitando: http://br.investing.com/economic-calendar/

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