Investing.com - Os mercados acompanharão a próxima rodada de discussões comerciais entre os EUA e a China em Washington esta semana, enquanto os dois lados tentam chegar a um acordo que evite um aumento de tarifas sobre os produtos chineses até 1º de março.
Os investidores também vão se concentrar na divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que deve ser divulgada na quarta-feira, para uma visão mais aprofundada das perspectivas para a política monetária nos próximos meses.
Há também importantes índices que chamam a atenção, como dados de bens duráveis, enquanto os investidores mercado procuram mais dicas sobre a força da economia.
Em relação aos balanços, 46 empresas constituintes S&P 500 estarão divulgando resultados na semana vem, que será mais mais curta devido ao feriado, enquanto a temporada de ganhos acaba, com o Walmart (NYSE:WMT) propenso a atrair mais atenção.
Os mercados norte-americanos estarão fechados na segunda-feira devido ao aniversário de Washington.
na Europa, os mercados estão de olho nas pesquisas sobre o PMI sobre a atividade do setor industrial e do setor de serviços, que devem dar alguma indicação de como a economia da região está lidando com conflitos comerciais globais e com as confusas negociações do Brexit.
Antes da próxima semana, o Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico com maior probabilidade de afetar os mercados.
1. Negociações comerciais entre EUA e China
O secretário de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o vice-premier chinês e principal negociador comercial da China, Liu He, vão liderar a próxima rodada de conversações sobre comércio EUA-China em Washington nesta semana.
Os dois lados relataram progressos em cinco dias de negociações em Pequim na semana passada, mas a Casa Branca disse que ainda há muito trabalho a ser feito antes do prazo de 1º de março para chegar a um acordo.
Pouco depois de se reunir com sua equipe comercial em seu clube Mar-a-Lago na Flórida no sábado, o presidente Donald Trump disse no Twitter que as conversas em Pequim foram "muito produtivas".
As tarifas americanas sobre importações de US$ 200 bilhões da China devem subir de 10% para 25% se nenhum acordo for alcançado até 1º de março, mas Trump disse que pode prorrogar o prazo se os dois lados fecharem um acordo.
2. Atas da Reunião do Fed
O Federal Reserve divulgará nesta quarta-feira, às 15h em horário de Brasília, as atas de sua mais recente reunião de política monetária, na quarta-feira às 16h00.
O banco central americano deixou as taxas de juros suspensas no final de sua reunião de política em 30 de janeiro e prometeu ser paciente com novos aumentos nas taxas de juros, abandonando sua orientação de que aumentos de taxas "mais graduais" serão necessários.
O Fed também afirmou que poderia alterar o ritmo de sua redução do balanço "à luz da evolução econômica e financeira".
Os mercados também vão prestar muita atenção aos comentários de um grande número de autoridades do Fed nesta semana por causa de suas opiniões sobre a economia e como isso pode afetar a política monetária.
Loretta Mester, Presidente do Fed de Cleveland; Raphael Bostic, Presidente do Fed de Atlanta; John Williams (NYSE:WMB), Presidente do Fed de Nova York; Mary Daly,Presidente do Fed de São Francisco; Patrick Harker, Presidente do Fed de Filadélfia; James Bullard, Presidente do Fed de Saint Louis; Richard Clarida, vice-presidente do Fed, e o governador do Fed, Randal Quarles, devem fazer comentários públicos nesta semana.
Depois que o Fed subiu as taxas quatro vezes em 2018, os investidores agora esperam que o banco central americano suspenda sua política de aperto monetário este ano como riscos para a montagem econômica americana.
3. Pedidos de bens duráveis dos EUA
O Departamento de Comércio dos EUA divulgará dados de outubro sobre pedidos de bens duráveis às 10h30 da próxima quinta-feira.
A previsão consensual é de que o relatório mostrará pedidos de bens duráveis aumentados em 0,8% no mês passado. O núcleo dos pedidos de bens duráveis, que excluem itens de transporte voláteis, devem subir 0,2%.
O calendário mais curto desta semana, devido à um feriado, também apresenta dados sobre pedidos de emprego semanais, vendas de casas usadas, bem como pesquisas rápidas de PMI industrial e serviços. Uma pesquisa sobre as condições industriais na região da Filadélfia também estará em foco.
4. Balanço do Walmart
O Walmart é um dos maiores nomes a anunciar os resultados do quarto trimestre nesta semana, já que a temporada de ganhos em Wall Street continua diminuindo.
A gigante do varejo deve divulgar lucro por ação de US$ 1,33 sobre receita de US$ 138,81 bilhões, de acordo com analistas consultados pela Investing.com, quando reportar antes do sino de abertura na terça-feira.
As vendas em mesmas lojas nos Estados Unidos, devem subir 3,0%.
Outras empresas notáveis divulgando resultados nesta semana incluem, CVS Health (NYSE:CVS), Kraft Heinz (NASDAQ:KHC), Domino's Pizza (OTC:DMZPY), Wendy’s (NASDAQ:WEN), Dropbox (NASDAQ:DBX), Trade Desk (NASDAQ:TTD), Roku (NASDAQ:ROKU), Medtronic (NYSE:MDT), Herbalife (NYSE:HLF), Intelsat (NYSE:I), Baidu (NASDAQ:BIDU), iQIYI (NASDAQ:IQ), e Wayfair (NYSE:W).
5. PMIs da zona do euro
O Índice da Atividade dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do IHS Markit para a zona do euro deve ser divulgado às 6h00 (horário de Brasília) da quinta-feira, em meio a expectativas de um leve declínio para 50,8.
O índice mede a produção combinada dos setores de indústria e de serviços e é visto como um bom guia para a saúde econômica geral.
Antes dos PMI da zona do euro, a França e a Alemanha divulgarão seus próprios relatórios do PMI às 5h15 e no 5h30, respectivamente.
Além dos dados do PMI, há também um par de pesquisas esta semana sobre o sentimento empresarial alemão dos institutos IFO e ZEW.
O Banco Central Europeu (BCE) reconheceu no mês passado que o crescimento na zona do euro provavelmente será mais fraco do que o esperado anteriormente, embora tenha mantido sua orientação de que pretende aumentar as taxas de juros até o final do ano pela primeira vez em uma década.
- Reuters contribuiu com esta reportagem