Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 26 de outubro, sobre os mercados financeiros:
1. Todos os olhos em Draghi com BCE preparado para esboçar redução de compra de ativos
Espera-se amplamente que o Banco Central Europeu mantenha as taxas de juros como estão ao anunciar sua decisão de política monetária às 09h45.
A maior parte das atenções estará voltada à entrevista coletiva de Mario Draghi, presidente da instituição, 45 minutos após o anúncio, já que investidores buscam mais indicações sobre quando e como o BCE irá reduzir seu programa mensal de compra de ativos.
Especialistas do mercado acreditam que o BCE anunciará que o início da redução de suas compras mensais de ativos para 40 bilhões de euros a partir dos atuais 60 bilhões será em janeiro.
Eles estavam divididos em grande parte se a duração do programa seria de seis ou nove meses depois disto.
O euro subia frente ao dólar e atingia a máxima de seis dias de 1,1837, acompanhando o aumento dos rendimentos dos títulos alemães com vencimento em 10 anos para a máxima de três semanas de 0,489%.
2. Mercados se preparam para resultados de empresas de tecnologia
A rajada de resultados de empresas desta quinta-feira, incluindo de grandes empresas de tecnologia, pode ajudar a preparar o cenário para novas altas no mercado acionário nos próximos dias.
Empresas que devem divulgar resultados antes da abertura incluem Twitter (NYSE:TWTR), Ford (NYSE:F), Comcast (NASDAQ:CMCSA), UPS (NYSE:UPS), American Airlines (NASDAQ:AAL), Celgene (NASDAQ:CELG), Bristol-Myers Squibb (NYSE:BMY), Raytheon (NYSE:RTN), Dow Chemical (NYSE:DOW) e Under Armour (NYSE:UA) entre outras.
Contudo, alguns dos nomes de tecnologia que conduziram os ganhos do mercado nos meses recentes farão a divulgação após o fechamento e podem oferecer mais ímpeto aos mercados. Isso inclui Amazon.com (NASDAQ:AMZN), em alta de 30% apenas neste ano, e Alphabet (NASDAQ:GOOGL), que subiu 26%.
Microsoft (NASDAQ:MSFT), Intel (NASDAQ:INTC), Baidu (NASDAQ:BIDU), Western Digital (NASDAQ:WDC), Align Technology (NASDAQ:ALGN), Starbucks (NASDAQ:SBUX), EA Sports (NASDAQ:EA), Gilead Sciences (NASDAQ:GILD) e First Solar (NASDAQ:FSLR) também devem fazer a divulgação após o fechamento.
3. O mercado global de ações em alta desacelera
O rali das bolsas globais finalmente mostrava sinais de desaceleração, trazendo ao menos uma pausa momentânea ao forte desempenho deste mês, já que o humor pessimista se espalhava pelos mercados de capitais globais.
Os mercados do Pacífico Asiático fecharam majoritariamente em baixa, acompanhando declínios ocorridos durante a noite nos EUA, embora Japão e China tenham apresentado ganhos.
Na Europa, as bolsas permaneciam estáveis, próximas à mínima de 4 semanas, já que investidores assimilavam uma série de resultados desiguais e aguardavam a decisão de política monetária do BCE.
Em Wall Street, as bolsas norte-americanas apontavam para uma abertura calma pois os investidores aguardavam importantes relatórios de resultados para estabelecerem o tom dos mercados. Nesta quarta-feira, as bolsas norte-americanas caíam, com os índices Dow e S&P 500 sofrendo seu pior dia em sete semanas.
4. Corrida à presidência do Fed na reta final
Observadores do mercado continuavam a lidar com as incertezas em torno de quem será o próximo presidente e como isso irá influenciar a perspectiva de taxas de juros.
É pouco provável que o presidente Donald Trump escolha seu assessor econômico Gary Cohn para o cargo de presidente do Fed, já que ele está exercendo um papel crucial nos esforços de reforma tributária na Casa Branca, afirmou um alto funcionário da administração na quarta-feira.
Esse fato deixa John Taylor, economista de Stanford, Jerome Powell, atual diretor do Fed, e Janet Yellen, atual presidente do Fed, como os principais concorrentes.
Trump deverá anunciar seu escolhido à presidência do Fed antes de partir para uma viagem à Ásia em 3 de novembro.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava um pouco mais alto, cotado a 93,63, ainda próximo de 93,90, máxima de duas semanas atingida na segunda-feira.
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos estava em 2,426%. Atingiu 2,475%, máxima de sete meses, na quarta-feira, impulsionado por fortes dados econômicos, recente otimismo com o progresso na reforma tributária e expectativa quanto à pessoa designada para dirigir o Federal Reserve.
Com relação a dados, o calendário de quinta-feira inclui pedidos semanais de seguro-desemprego, números preliminares da balança comercial e dados preliminares sobre estoques no atacado às 10h30. Ao meio-dia, os EUA divulgarão um relatório sobre as vendas pendentes de imóveis.
5. Preços do petróleo caem ainda mais após surpreendente aumento nos estoques
Os preços do petróleo ampliavam as perdas da sessão anterior, pressionados por um inesperado aumento nos estoques de petróleo bruto nos EUA e com aumento na produção e na exportação de petróleo dos EUA na semana passada.
Os estoques de petróleo bruto dos EUA tiveram aumento de 856.000 barris, o primeiro aumento em cinco semanas. Isso se compara às expectativas dos analistas de redução d 2,6 milhões de barris.
O relatório também mostrou que a produção doméstica se recuperou em 1,1 milhão de barris por dia e atingiu 9,5 milhões e as exportações líquidas tiveram aumento de 500.000 barris após a queda ocorrida devido ao furacão Nate na semana anterior.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, recuavam em torno de 0,4%, para US$ 51,98 o barril, enquanto o petróleo Brent, referência para preços fora dos EUA, caía US$ 0,3% para US$ 58,27 o barril.