Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 18 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Bolsas de todo o mundo recuam com preocupações com Trump e ataques terroristas na Espanha
As negociações avessas ao risco prevaleciam nesta sexta-feira após Wall Street fechar o dia anterior com sua maior queda nos últimos três meses.
As preocupações com o colapso da administração Trump continuavam a reduzir os ânimos em relação ao risco, já que o presidente abandonou os planos de um terceiro painel empresarial, levando dúvidas quanto à sua habilidade de impor os planos de infraestrutura ou propostas fiscais.
O que também baixou os ânimos foram os novos ataques terroristas na Espanha. Em Barcelona, uma van atropelou turistas no início da noite desta quinta-feira, matando ao menos 13 pessoas e deixando outros 100 feridos.
Em outro ponto da costa Espanhola, a polícia prendeu suspeitos em um tiroteio em Cambrils nesta sexta-feira em resposta ao que seria outro ataque relacionado com o incidente em Barcelona.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, já que o mercado acionário seguia o cenário avesso ao risco que foi preparado em Wall Street. O Nikkei 222 encerrou o dia em baixa de 1,2%.
As bolsas europeias também estavam em baixa nesta sexta-feira, com ações de companhias aéreas e de outras empresas do setor de turismo abaladas por preocupações com ataques terroristas. Às 06h48 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 negociava em baixa de 0,91%, ao passo que a bolsa de valores da Espanha caía 0,97%.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura com negociações desiguais. Às 06h49 (horário de Brasília), o blue chip futuros do Dow caía 9 pontos, ou 0,04%, os futuros do S&P 500 recuavam 1 ponto, ou 0,03%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 5 pontos ou 0,09%.
2. Outro passa de US$ 1.300 com demanda por portos seguros
As incertezas políticas e os ataques terroristas na Espanha levavam investidores aos ativos considerados portos seguros nesta sexta-feira.
O ouro quebrou a barreira dos US$ 1.300 nesta sexta-feira, atingindo a máxima intradiária de SU$ 1.303,09, o maior nível desde que os resultados das eleições presidenciais norte-americanas foram anunciados em novembro do ano passado.
Contratos futuros de ouro com vencimento em dezembro na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York avançavam US$ 8,37, ou 0,6%, para US$ 1.300,77 a onça troy às 06h51 (horário de Brasília).
3. Confiança do consumidor em foco em dia calmo com relação a dados
No que deverá ser um dia com poucos dados macroeconômicos nos EUA, investidores se concentrarão no índice de confiança do consumidor da Universidade e Michigan.
A leitura, que será divulgada às 11h00, vem a público após os dados relativos ao mês de julho, divulgados no início da semana, mostrarem o maior salto em vendas no varejo nos últimos sete meses, fortalecendo o otimismo com a economia dos EUA.
Investidores também observam as leituras do relatório sobre expectativas do consumidor na busca de sinais de otimismo, enquanto observam as expectativas de inflação enquanto se espera amplamente que o Federal Reserve anuncie a normalização do balanço patrimonial em setembro.
Nesse sentido, agentes do mercado também buscarão indicações sobre a política do banco central norte-americano quando Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, fizer aparição pública às 11h15 (horário de Brasília) desta sexta-feira.
4. Resultados devem movimentar bolsas norte-americanas
À medida que a temporada de resultados do segundo trimestre vai terminando, diversos relatórios que foram divulgados após o fechamento de quinta-feira pareciam movimentar esta sexta-feira.
A Ross Stores (NASDAQ:ROST) subia quase 11% nas negociações antes do pregão desta sexta-feira após a varejista de roupas e acessórios domésticos superar expectativas tanto em vendas quanto em lucros.
Ações da Gap Inc (NYSE:GPS) também subiam mais de 5% após a varejista de roupas divulgar um trimestre positivo e aumentar suas projeções de lucro para o ano inteiro.
A Applied Materials (NASDAQ:AMAT) estava no caminho de ter ganhos de 4%, já que a líder no setor de chips superou as estimativas de lucro.
No fechamento desta quinta-feira, 470 das empresas constituintes do S&P 500 já divulgaram resultados com 74% superando estimativas de lucros e 70% superando estimativas de vendas, de acordo com The Earnings Scout.
Nesta sexta-feira, Foot Locker (NYSE:FL), Deere & Company (NYSE:DE) e Estee Lauder (NYSE:EL) estão entre empresas com divulgação de resultados marcada antes da abertura.
5. Petróleo permanece estável e no caminho de perdas de 3% na semana
O petróleo permanecia amplamente estável nesta sexta-feira, mas continuava no caminho de perdas de mais de 3% na semana, já que investidores tentavam equilibrar uma grande operação de vendas com sinais de que a oferta de petróleo pode estar gradualmente ficando menor.
Em um lado negativo, agentes do mercado recentemente registraram as dificuldades da OPEP em manter seu acordo de cortes na produção uma vez que os membros dispensados do acordo de redução, como a Líbia e a Nigéria, continuavam a aumenta sua produção. Dados recentes sobre a conformidade geral atingiram sua menor porcentagem este ano.
Por outro lado, apesar do salto de 13% na produção desde meados de 2016 para 9,5 milhões de barris por dia, os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA tiveram redução de 13% em comparação a seus registros de março e ficaram abaixo dos níveis de 2016, de acordo com a Reuters.
Os mercados também observam de perto o aumento na produção de shale oil nos EUA.
A Baker Hughes divulgará sua mais recente contagem semanal de sondas ainda nesta sexta-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 0,30% para US$ 47,23 às 6h54 (horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,14%, com o barril negociado a US$ 51,10.