Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 24 de fevereiro, sobre os mercados financeiros:
1. Dow Jones deve quebrar mais longa série de recordes desde 1987
Futuros de ações dos EUA indicavam uma abertura em baixa na sexta-feira após o Dow Jones atingir seu 10.º fechamento recorde consecutivo no dia anterior, sua série mais longa desde 1987.
Às 5h54 em horário local (7h54 em horário de Brasília), o índice blue chip de futuros do Dow perdia 0,23%, os futuros do S&P 500 eram negociados em baixa de 0,25% e os futuros do Nasdaq 100 caíam 0,34%.
Ações asiáticas já tinham recuado na sexta-feira, saindo do mais alto patamar em um ano e meio pois ações do setor de matérias-primas foram afetadas por uma súbita queda no copper e outros preços de commodities enquanto investidores avaliavam a declaração do presidente norte-americano Donald Trump afirmando não “voltar atrás” em sua análise de que a China manipula o yuan, apesar de não realizar a promessa de campanha de declarar o país um manipulador cambial em seu primeiro dia no cargo.
“Eles, eu acredito que eles são grandes campeões em manipulação cambial. Logo, eu não voltei atrás”, afirmou Trump. “Veremos o que vai acontecer”
Ações europeias estavam em baixa na sexta-feira, já que investidores continuam a se concentrar em relatórios de resultados diários em meio às incertezas políticas em curso na Europa e nos EUA.
2. Bitcoin recua de máxima histórica
O bitcoin atingiu uma nova máxima recorde na sexta-feira, sustentada pela especulação de que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (sigla em inglês SEC) possa aprovar um ETF da moeda digital, o que pode aumentar sua atratividade para investidores institucionais.
A SEC decidirá em 11 de março se aprova ou não a proposta de um fundo negociado em bolsa (ETF - exchange-traded fund) orientado ao bitcoin que foi apresentado há quase quatro anos por Cameron e Tyler Winklevoss. Caso aprovado, seria o primeiro ETF bitcoin emitido e regulamentado por uma entidade norte-americana.
As expectativas giram em torno do fato de que a regulamentação da SEC não apenas aumente a confiança na moeda digital, incentivando investidores a aplicarem dinheiro no ativo, mas que estas instituições possam dar um pouco de estabilidade às negociações.
De acordo com o Índice de Preço do Bitcoin da CoinDesk, que faz a média de preços entre as maiores corretoras, preços da criptomoeda a máxima intradiária de US$ 1.206,60. Isto fez com que o bitcoin ultrapassasse o seu recorde anterior de US$ 1.165,89, estabelecido em novembro de 2013.
Entretanto, ordens de venda aumentaram após atingir a máxima histórica e o índice caiu 0,47% para US$ 1.172,84 às 7h57m em horário de Brasília.
Na itBit, corretora com sede em Nova York, o bitcoin perdeu 0,62%, sendo negociado a US$ 1.180,10, recuando da máxima intradiária de US$ 1.215,93.
3. Olhos em ordem executiva de Trump e mercado imobiliário
Após o secretário Steven Mnuchin afirmar na terça-feira que ele planejava passar uma reforma tributária muito significativa antes do recesso de agosto do Congresso mas se manteve vago em detalhes, participantes do mercado aguardam a próxima terça-feira quando Trump discursará em sessão conjunta do Congresso e se espera que o presidente possa fornecer mais detalhes.
Na sexta-feira, Trump deve assinar uma ordem executiva às 12h em horário local (14h em horário de Brasília), embora não esteja claro qual o tema que será abordado pelo presidente.
O Wall Street Journal relatou que na quinta-feira à noite, Ivanka, filha de Trump, e seu marido Jared Kushner, um assessor sênior da Casa Branca, pressionavam para que críticas ao acordo global do clima fossem excluídas em uma futura ordem executiva.
Espera-se que Trump assine ao menos duas ordens “dentro de dias” com o intuito de desfazer regulamentações ambientais e climáticas do ex-presidente Barack Obama, de acordo com o jornal financeiro.
A respeito de dados, agente do mercado aguardam um levantamento recente do setor imobiliário com a divulgação das vendas de imóveis novos em janeiro, bem como uma revisão do índice de sentimento do consumidor de Michigan, que devem ser ambos divulgados às 10h em horário local (12h em horário de Brasília).
4. Investidores de petróleo têm posições mais otimistas da história
Investidores de petróleo lançaram a maior aposta na história de que os preços vão subir já que os maiores exportadores do mundo cortam a produção para reduzir um excesso de demanda e o mercado de futuros está sugerindo pela primeira vez em um ano que eles podem se tornar vencedores.
De acordo com dados da Reuters, administradores de fundo possuem agora mais futuros de petróleo Brent e contratos de opções do que em qualquer outro momento na história, com o equivalente a cerca de 480 milhões de barris de petróleo e próximo do dobro do total detido apenas dois meses atrás.
Com esta informação no quadro, preços do petróleo caíram na sexta-feira após dados oficiais divulgados na quinta-feira mostrarem que os estoques cresceram na semana passada pela sétima semana consecutiva, embora as perdas terem sido moderadas já que o crescimento dos estoques foi bem abaixo do esperado.
Investidores também aguardam o último levantamento da atividade de extração dos EUA feito pela empresa Baker Hughes.
O fornecedor de serviços a campos petrolíferos afirmou na semana passada que o número de plataformas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou em seis na semana passada, o quinto aumento semanal consecutivo. O que leva a um total de 597, maior número desde novembro de 2015.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíram 0,50%, com o barril sendo negociado a US$ 54,18 às 5h59 em horário local (7h59 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent teve queda de 0,55%, sendo o barril negociado a US$ 56,27.
5. China reage à acusação de Trump de ser um “grande” manipulador cambial
A China afirmou na sexta-feira que não tem intenção de utilizar desvalorização da moeda em seu próprio benefício no comércio, respondendo uma declaração do presidente norte-americano Donald Trump de que são “grandes campeões” em manipulação cambial.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang declarou que espera que os Estados Unidos possam ver “plena e corretamente” a questão da variação cambial.
“A China não tem intenção de buscar vantagens em comércio exterior por meio de uma desvalorização do renminbi. Não há base para uma desvalorização contínua do renminbi”, afirmou ele em uma reunião com a imprensa em Pequim.