Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 4 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Atenção aos empregos mesmo com impacto parecendo limitado
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de julho sobre as folhas de pagamento não agrícolas nesta sexta-feira às 9h30 (horário de Brasília).
O consenso das previsões indica que os dados mostrarão que houve acréscimo de 183.000 empregos este mês após o aumento de 222.000 em junho e a taxa de desemprego deve cair de 4,4% para 4,3%.
A maior parte das atenções provavelmente se voltará aos números relativos à média de ganhos semanais, que devem subir 0,3% após terem aumentado 0,2% no mês anterior e espera-se que a leitura anualizada tenha caído de 2,5% para 2,4%.
Com a economia dos EUA considerada como de pleno emprego, especialistas sugerem que os dias nos quais o relatório de empregos poderia ter um grande impacto no mercado já passaram, observado que é improvável a mudança na perspectiva de trajetória futura da política monetária do Federal Reserve.
As convicções de outro aumento de juros feito pelo Fed até o fim do ano estão mais baixas, de acordo com Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com, com apenas 26% dos agentes de mercado esperando outro movimento até dezembro devido a preocupações com a perspectiva de inflação moderada.
2. Mueller constitui grande júri em investigação sobre a Rússia
Agentes de mercado continuarão a observar os desdobramentos políticos nos EUA após uma notícia divulgada minutos após o fechamento do pregão na quinta-feira indicar que Robert Mueller, procurador especial, convocou um grande júri para investigar suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 que pode ter envolvido membros da campanha de Donald Trump.
O presidente Trump rapidamente respondeu às notícias, declarando que "Eles estão tentando retirar indevidamente de vocês a liderança que vocês querem com uma história falsa".
Investidores permaneciam preocupados com a agitação política em Washington nesse momento, já que isso distrai o presidente das ações necessárias para fazer avançar políticas de infraestrutura e fiscais.
3. Dólar flutua próximo à mínima de 15 meses antes de relatório de folhas de pagamento
O dólar flutuava próximo à mínima de 15 meses frente a outros importantes rivais nesta sexta-feira, já que investidores aguardavam o relatório de empregos de julho.
A moeda dos EUA caiu cerca de 10% desde janeiro uma vez que batalhas políticas constantes em Washington reduziram as esperanças de que o presidente Trump consiga realizar reformas tributárias e gastos com infraestrutura.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,08% para 92,63 às 06h32 (horário de Brasília), pouco acima de 92,39, mínima de 15 meses atingida na quinta-feira.
Da mesma forma, o ouro apresentava pouca movimentação pois os agentes do mercado estavam cautelosos antes da divulgação dos dados.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro com vencimento em agosto avançavam apenas 0,05% para US$ 1.268,43 às 06h33 (horário de Brasília), descolando de 1.273,30, pico de sete semanas atingido na terça-feira.
4. Bolsas de todo o mundo com cautela antes de relatórios de empregos nos EUA
O Dow obteve o sétimo fechamento recorde seguido na quinta-feira, realizando o 32º fechamento em máximas históricas em 2017.
Apesar da recente alta do índice blue-chip, a referência global mais ampla, o S&P 500, ofereceu um bom exemplo de avanço morno, tendo se movido nas últimas 12 sessões de 2.472 pontos para 2.473com fechamentos diários em uma faixa estreita de 2.470 a 2.477.
A cautela reinava nesta sexta-feira, já que agentes do mercado estavam de olho em desdobramentos políticos nos EUA e aguardavam os dados sobre empregos previstos ainda para esta sessão.
Bolsas europeias negociavam majoritariamente em alta ao se aproximar da metade do dia, já que investidores ponderavam uma série de relatórios de resultados. Às 06h34 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 registrava aumento de 0,09%, enquanto o DAX da Alemanha avançava 0,25% e o FTSE 100 de Londres negociava em alta de 0,11%.
Mais cedo, as bolsas asiáticas também fecharam com diferentes sinais após a queda em ações do setor de tecnologia dos EUA ter pesado sobre papéis semelhantes nas bolsas do Japão e da China.
5. Petróleo cai devido a surpresa nos estoques antes de dados oficiais
Preços do petróleo caíam pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, no caminho de perdas na semana de quase 3%, já que investidores permaneciam preocupados com a crescente produção dos EUA e da OPEP.
As exportações de petróleo bruto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) atingiram um recorde em julho, conduzidas amplamente pelas exportações crescentes dos membros africanos do grupo, de acordo com um relatório da Thomson Reuters Oil Research divulgado esta semana.
Participantes do mercado estarão atentos à crescente produção de shale oil dos EUA quando a Baker Hughes divulgar seus mais rentes dados sobre a contagem de sondas ainda nesta sexta-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,84%, para US$ 48,62 às 06h35 (horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,79%, com o barril negociado a US$ 51,60.