Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 17 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Theresa May, primeira-ministra britânica, prestes a detalhar planos de "Brexit absoluto"
Os investidores estão concentrados em um discurso muito aguardado da primeira-ministra britânica, Theresa May, marcado para as 9h45, no horário de Brasília, em que se espera um detalhamento dos planos para um "Brexit absoluto".
A Grã-Bretanha não tentará estabelecer acordo que deixe o país "um pouco dentro, um pouco fora" da União Europeia, May deve afirmar nesta terça-feira, de acordo com seu gabinete, em um discurso em que definirá suas 12 prioridades nas próximas tratativas de retirada do bloco.
Segundo diversos jornais, essas prioridades incluem deixar o mercado unificado da União Europeia e recuperar o controle total das fronteiras britânicas, o que reforça o receio dos investidores com um possível "Brexit absoluto".
May chegou a afirmar que, no fim de março, invocará o artigo 50, que inicia o processo formal de saída da União Europeia, mas, até então, não deu muitos detalhes sobre o tipo de acordo que será buscado.
A libra recuperou as forças frente ao dólar, com a moeda registrando elevação de quase 0,8%, cotada a US$ 1,2142, às 8h35 (horário de Brasília), afastando-se da mínima recente de US$ 1,2018 e ante uma mínima de três meses de US$ 1,1988, registrada nesta segunda-feira.
Antes do discurso da primeira-ministra, o ONS relatou que a inflação da Grã-Bretanha avançou mais do que o espero neste mês, tocando o nível mais elevado desde 2014, com uma libra mais fraca pressionando os preços ao consumidor.
2. Dólar despenca após Trump dizer que moeda está "forte demais"
O dólar americano despencou à mínima de um mês frente a uma cesta de moedas importantes, após o novo presidente americano, Donald Trump, alertar que a moeda estava "forte demais", de acordo com um relatório do Wall Street Journal, publicado na última segunda-feira.
Anthony Scaramucci, um membro sênior da equipe econômica de Donald Trump, reiterou esse sentimento nesta terça-feira, destacando os riscos de um dólar muito forte.
Enquanto isso, Trump advertiu que a medida de ajuste das fronteiras, um dos pontos do plano dos republicanos de tributar importações e isentar exportações, é "muito complicada".
Os comentários corroboraram com a crescente incerteza sobre a política econômica dos EUA antes da posse, no fim desta semana, do presidente eleito, Donald Trump.
O índice dólar caiu até a mínima de 100,73 ainda hoje, flertando com a mínima de um mês de 100,68, atingida na semana passada. O índice chegou a marcar 100,90, em queda aproximada de 0,6%.
Frente ao iene (USD/JPY), o dólar retraiu cerca de 0,8%, marcando 113,25, após uma queda à mínima de cinco semanas, marcando 113,00 mais cedo.
Enquanto isso, o euro (EUR/USD) avançou cerca de 0,6%, cotado a US$ 1,0664.
3. Mercados em baixa no mundo antes de May
Os mercados futuros americanos seguiram para uma abertura em queda na manhã desta terça-feira, com os investidores se preparando para a divulgação de mais demonstrações de resultado de players como Morgan Stanley (NYSE:MS), UnitedHealth (NYSE:UNH) e Comerica (NYSE:CMA). Wall Street não teve pregão nesta segunda-feira em virtude do Dia de Martin Luther King.
Enquanto isso, as ações da Europa registraram queda geral no pregão de meio da manhã, com os investidores aguardando o discurso de Theresa May, primeira-ministra britânica, sobre seus planos para o Brexit.
Ainda hoje na Ásia, os mercados fecharam sem tendência, com o Shanghai Composite, da China, encerrando o dia em alta de cerca de 0,2% e o Nikkei, índice japonês, recuando 1,5% a uma mínima de cinco semanas, movimento influenciado por um iene mais forte.
4. Ouro avança pelo 7º dia seguido
Os preços do ouro ampliaram seu recente rali para o sétimo dia seguido, a maior sequência de valorizações desde novembro, com os investidores demonstrando preocupação com a saída do Reino Unido da União Europeia e com incertezas políticas pairando sobre os EUA antes da posse do presidente eleito, Donald Trump.
Os preços do metal amarelo chegaram à máxima da sessão de US$ 1.217,90 a onça troy, maior nível desde 22 de novembro. Ainda hoje, a commodity marcava US$ 1.215,65, registrando valorização de US$ 20,00, ou 1,6%.
5. BAT assume controle da Reynolds por US$ 49 bilhões
A British American Tobacco (LON:BATS) concordou com uma aquisição de US$ 49,4 bilhões da concorrente americana Reynolds American (NYSE:RAI), criando a maior empresa de tabaco negociada em bolsa do mundo, após ajustar uma oferta anterior em mais de US$ 2 bilhões.
A BAT, que já detém 42% da Reynolds, pagará US$ 29,44 em espécie e 0,5260 ações da BAT para cada ação da Reynolds, ou seja, um ágio de 26% em relação ao preço da ação em 20 de outubro, o dia anterior à primeira oferta formal que veio a público.