Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 19 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Grã-Bretanha e União Europeia iniciam diálogos sobre o Brexit
David Davis, ministro do Brexit da Grã-Bretanha, e Michel Barnier, principal negociador da União Europeia, devem iniciar as negociações sobre a saída do Reino Unido do Bloco nesta segunda-feira em Bruxelas, dando início ao processo de dois anos de divórcio, previsto para acabar em março de 2019.
As discussões acontecem menos de duas semanas após Theresa May e seu Partido Conservador terem perdido sua maioria absoluta no parlamento. Lutando por sua sobrevivência política, May tenta chegar a um acordo com o Partido Unionista Democrático, um pequeno partido protestante da Irlanda do Norte.
A libra esterlina britânica subia 0,2% frente ao dólar, sendo negociada a 1,2806 na manhã de Nova York (GBP/USD).
A moeda não se alterou muito com as notícias de que uma van avançou sobre fiéis que deixavam uma mesquita em Londres nesta segunda-feira, matando ao menos uma pessoa e deixando vários feridos, o que tem sido tratado como um aparente ataque terrorista.
2. Dudley inicia semana cheia de discursos de membros do Fed
William Dudley, dirigente do Fed de Nova York e considerado um aliado próximo à presidente nacional da instituição, Janet Yellen, iniciará uma semana cheia de discursos de membros do Fed nesta segunda-feira ao falar para líderes de empresas e da comunidade em Plattsburgh, Nova York, às 09h (horário de Brasília).
Ainda durante o dia, Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, fará discurso sobre as condições econômicas atuais e política monetária em um evento na cidade de Nova York.
Eles serão os primeiros de uma série de membros do Fed com aparições públicas marcadas para esta semana, incluindo o vice-presidente nacional da instituição, Stanley Fischer, e o dirigente Jerome Powell.
Na semana passada, o Fed aumentou os juros conforme amplamente esperado e manteve os planos de realizar outro aumento dos juros até o fim do ano. O banco central também forneceu mais detalhes sobre como planeja reduzir seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões.
Apesar da mensagem relativamente enérgica do Fed, agentes do mercado permaneciam em dúvida sobre a habilidade do Fed elevar as taxas tanto quanto gostaria antes do fim do ano devido a uma série de dados econômicos decepcionantes dos EUA.
Operadores de futuros apostam em cerca de 15% de chances de aumento da taxa de juros na reunião do Fed em setembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Apostas de um aumento em dezembro são vistas em torno de 35% de chances.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava pouco alterado em 96,87.
3. Macron obtém maioria parlamentar
Nesta segunda-feira, o governo de Emmanuel Macron, presidente francês, prometia renovar a política na França pois o resultado final mostrava que ele havia obtido a maioria parlamentar dominante que ele queria para que fossem aprovadas suas reformas de longo alcance e favoráveis ao crescimento.
O partido centrista A República em Marcha (LREM) de Macron e seu aliado Modem, de centro-direita, obtiveram 350 dos 577 assentos da câmara. Os resultados surgiram após uma eleição com menor nível de comparecimento em pleito parlamentar na Quinta República.
O euro permanecia estável frente ao dólar em 1,1195, ao passo que as bolsas francesas saltavam 1% e estavam na direção de seu maior aumento desde 5 de maio.
4. Bolsas do mundo em alta
Bolsas de valores de todo o mundo estavam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, já que investidores voltavam suas atenções para eventos políticos por toda a Europa enquanto aguardam comentários de importante membro do Federal Reserve.
Em Wall Street, o índice de tecnologia de futuros do Nasdaq 100 apontava para um ganho de 36 pontos, ou cerca de 0,6%, na abertura, o índice blue chip futuros do Dow subia 66 pontos, ou cerca de 0,3%, ao passo que os futuros do S&P 500 avançavam 7 pontos, ou cerca de 0,3%.
Na Europa, as bolsas subiam de forma geral, com o DAX da Alemanha e o FTSE do Reino Unido mantendo-se firmes no azul nas negociações durante a metade da manhã, sustentados por ações de bancos e de varejistas.
Mais cedo, bolsas asiáticas encerraram em território positivo, com o Nikkei do Japão voltando a ficar acima do nível de 20.000 pontos.
5. Petróleo sobe após perdas da última semana
Preços do petróleo se recuperavam das perdas da última semana nesta segunda-feira, mas os ganhos foram limitados pois o mercado avaliava os esforços contínuos de grandes produtores para cortar a produção e reduzir o excesso global frente ao incansável aumento da atividade de extração nos EUA.
O petróleo dos EUA tinha o barril negociado a US$ 45,13, uma alta de US$ 0,16 ou cerca de 0,4%, enquanto o petróleo Brent avançava US$ 0,20 para US$ 47,57.
Na semana passada, o WTI perdeu US$ 1,13, ou cerca de 2,4%, enquanto o Brent perdeu US$ 0,78, ou cerca de 1,6%. Ambos agora registram perdas por quatro semanas seguidas, o que marca a maior sequência de perdas semanais desde agosto de 2015 para o WTI.
Exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 22ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, divulgados na sexta-feira, o que significa que ganhos adicionais na produção doméstica estão a caminho.
O aumento da atividade de extração nos EUA e da produção de shale oil tem neutralizado em grande parte os esforços da OPEP e de outros produtores de cortar a produção em uma ação para apoiar o mercado.