Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 11 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Trump se recusa a assinar comunicado do G7 e se prepara para cúpula com a Coréia do Norte
A geopolítica estará a todo vapor nesta segunda-feira, já que investidores voltam para suas mesas após o fim de semana. As expectativas para a cúpula do Grupo dos Sete não deixaram decepções uma vez que as tensões comerciais continuaram sendo altamente onerosas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, recusou-se a endossar uma declaração do G7 pedindo a redução das tarifas, pois ele continuava a atacar aliados tradicionalmente próximos por supostamente tratarem os Estados Unidos de forma injusta.
Depois que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, classificou as tarifas dos EUA como "insultantes", Trump respondeu chamando a conferência de Trudeau de "muito desonesta e fraca", criticou a Alemanha por gastar menos dinheiro com a OTAN do que os EUA e alertou que sua administração estaria considerando "tarifas em automóveis que estão inundando o mercado dos EUA”.
Peter Altmaier, ministro alemão da Economia, insistiu, no entanto, que “a comoção na cúpula do G7 no Canadá aproximou a União Europeia. É importante que mostremos unidade em todos os níveis".
A atenção agora será transferida para Cingapura, onde Trump se prepara para uma cúpula histórica com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, na terça-feira. Em referência à reunião, Trump disse: "Eu só acho que vai funcionar muito bem".
Os dois líderes chegaram a Cingapura no domingo e as autoridades de ambos os lados mantiveram duas horas de conversas para discutir a diferença de opinião sobre o que a desnuclearização implicaria.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, disse em um comunicado que as reuniões eram "substantivas e detalhadas", mas não havia uma palavra imediata sobre qual seria o resultado.
Em uma entrevista coletiva na terça-feira, Pompeo ainda acrescentou que Trump acredita que Kim tem uma oportunidade sem precedentes e está esperançoso de que a cúpula estabeleça as bases para futuras conversas produtivas.
Pompeo deixou claro que o objetivo dos EUA em relação à Coreia do Norte não mudou e que as sanções permaneceriam até o país se desnuclearizar.
2. Bolsas globais majoritariamente em alta enquanto riscos ao comércio permanecem
Bolsas globais estavam em alta nesta segunda-feira, já que os mercados pareciam não se incomodar com o tão aguardado resultado da reunião do G7 e, provavelmente, consolaram-se com o tom otimista que Trump parecia ter adotado antes da cúpula com a Coréia do Norte.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em diferentes direções em Wall Street, com os futuros do Dow liderando os ganhos, mas tanto o S&P quanto a Nasdaq apresentavam mais cautela. Às 07h02, o blue chip futuros do Dow ganhava 39 pontos, ou 0,15%, os futuros do S&P 500 subiam 1 ponto, ou 0,03%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 2 pontos ou 0,02%.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias estavam em alta nesta segunda-feira, já que o novo ministro da economia italiano prometia manter o país no euro, dissipando os temores dos investidores de um rompimento no bloco de moeda única e melhorando os ânimos depois da cúpula do G7.
Mais cedo, bolsas asiáticas mostraram menos entusiasmo, com os mercados fechando em diferentes direções, embora bem distantes das mínimas intradiárias. O Nikkei 225 do Japão fechou com ganhos de 0,5%, ao passo que o Shanghai Composite da China fechou em baixa de cerca de 0,5%.
3. Par euro/dólar perto de máxima de 3 semanas antes de reuniões de bancos centrais
O euro subia frente ao dólar nesta segunda-feira, próximo da máxima de três semanas atingida na semana passada antes de reuniões tanto do Federal Reserve quanto do Banco Central Europeu nesta semana.
É quase certo que o Federal Reserve irá elevar as taxas de juros em um quarto de ponto pela segunda vez neste ano na conclusão de sua reunião de política monetária de dois dias às 15h00 da próxima quarta-feira.
Os olhos se concentrarão nas projeções econômicas atualizadas e na entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, após a conferência, já que investidores buscam novas indicações sobre as perspectivas para a inflação e como isso afetará o ritmo do aperto da política monetária no restante do ano.
No que se tornou uma das reuniões mais esperadas em um longo tempo, o Banco Central Europeu provavelmente sinalizará na quinta-feira que seu programa de flexibilização de 2,5 trilhões de euros terminará este ano, um movimento crucial no desmantelamento do estímulo da era da crise.
Um anúncio está previsto para as 08h45 de quinta-feira, com uma entrevista coletiva do presidente Mario Draghi programada para 45 minutos após a divulgação da decisão.
Investidores acumulavam euros na semana passada após comentários agressivos do economista-chefe do BCE, Peter Praet, terem alimentado as expectativas de que o banco central revelará mais sobre seus planos de sair do agressivo programa de compra de ativos na sua próxima reunião.
4. Cotação do petróleo em baixa enquanto preocupações com aumento de produção permanecem
A cotação do petróleo iniciava a semana de forma apática nesta segunda-feira, já que o aumento da produção de petróleo dos EUA e as expectativas de que os membros da OPEP irão aumentar a oferta permaneciam em foco.
Ressaltando as preocupações com o aumento da produção, companhias de energia dos EUA acrescentaram uma sonda de petróleo à atividade já existentes na semana passada, levando o total para 862, a maior quantidade desde março de 2015, afirmou a Baker Hughes da General Electric (NYSE:GE), empresa prestadora de serviços de energia, em seu relatório na sexta-feira.
A produção de petróleo dos EUA está atingindo níveis recordes desde o final do ano passado. A produção norte-americana de petróleo, guiada pela extração de shale oil, chegou à máxima histórica de 10,80 milhões de barris por dia na semana passada.
Novos comentários de produtores mundiais de petróleo, que podem apresentar mais sinais se planejam sair ou não de seu atual acordo de cortes na produção, permanecerão em destaque no mercado de petróleo nesta semana.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve se reunir em sua sede em Viena, juntamente com a Rússia, país externo à organização, em 22 de junho para discutir a política de produção.
Os preços do petróleo estiveram na defensiva nas últimas sessões devido a preocupações de que a Opep e países externos à organização, liderados pela Rússia, decidiriam elevar a produção em até 1 milhão de barris por dia já neste mês em reação a perdas na oferta da Venezuela e do Irã.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 1,17%, atingindo US$ 64,97 às 07h06, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,11%, com o barril negociado a US$ 75,61.
5. Bitcoin cai com ataque à corretora sul-coreana Coinrail
A corretora de criptomoedas sul-coreana Coinrail afirmou ter sido hackeada neste fim de semana, provocando uma queda acentuada no bitcoin em meio a novas preocupações sobre segurança nas corretoras de moedas virtuais enquanto decisores globais lutam para regulamentar as negociações do ativo digital.
Em um comunicado divulgado em seu site na segunda-feira, a Coinrail informou que seu sistema foi atingido por "intrusão cibernética" no domingo, causando uma perda de cerca de 30% das moedas negociadas na corretora. Ela não quantificou seu valor, mas em um relatório sem fonte de informação, a Yonhap informou que cerca de 40 bilhões de wons (US$ 37,28 milhões) em moedas virtuais foram roubados.
O ataque à Coinrail, uma corretora relativamente pequena bolsa da Coreia do Sul, fez com que o preço do bitcoin caísse para a mínima de dois meses, uma vez que isso destacou mais uma vez os riscos de segurança e a fraca regulamentação dos mercados globais de criptomoedas.
Às 07h07, o bitcoin, maior moeda virtual do mundo em termos de capitalização de mercado recuava cerca de 6,6% para US$ 6.741,50 na corretora Bitfinex.