Em declaração recente, Renato Gomes, diretor do Banco Central, destacou os efeitos adversos de uma política fiscal expansionista contínua sobre os esforços do país para controlar a inflação. Durante evento que marcou os 30 anos do Plano Real, que controlou a hiperinflação no Brasil, Gomes expressou preocupação com a falta de consolidação crível das contas públicas brasileiras.
Gomes ressaltou os desafios enfrentados pelo BC quando a política fiscal não apoia o combate à inflação. "Tenho absoluta certeza de que o Copom (de definição de juros) está totalmente comprometido em entregar a inflação à meta. E aí a economia real sofre", comentou durante uma live organizada pelo banco.
Os comentários do diretor do BC vêm na esteira da significativa depreciação do real e da alta dos juros futuros. Essas reações do mercado são atribuídas a preocupações com a política fiscal e monetária, bem como às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e sua hesitação em reduzir os gastos do governo. A atual conjuntura econômica é ainda mais tensa pelas altas taxas de juros sustentadas internacionalmente.
Gomes fez parte do conselho de nove membros que decidiu, por unanimidade, interromper o ciclo de afrouxamento monetário no mês passado. Depois de cortar a taxa básica de juros em 325 pontos-base, o conselho optou por manter a taxa em 10,5%.
Além disso, Gomes mencionou a importância de avançar na proposta de autonomia financeira do Banco Central, que está em debate no Congresso, mas enfrenta resistência do governo Lula. Essa proposta é vista como um passo fundamental para estabilizar o cenário fiscal e monetário do país.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.