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Investing.com – Uma revisão preliminar de referência indica que a folha de pagamento não agrícola dos EUA (payroll) de março de 2025 pode ser corrigida para baixo em 911 mil postos, posicionando o dado no limite inferior das expectativas, segundo análise do Standard Chartered divulgada nesta semana.
Os especialistas do banco destacam que o crescimento publicado do payroll tende a apresentar viés de alta após o mês de referência, fator que pode influenciar as próximas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
De acordo com o Standard Chartered, “o crescimento mensal do payroll tem sido superestimado em cerca de 70 mil vagas porque o ajuste de nascimento-morte do BLS não reflete a provável queda nos empregos líquidos criados por empresas que abriram menos as que fecharam”.
A instituição explicou que esse ajuste, que busca capturar sazonalmente o emprego gerado por novas companhias, tem se mantido “notavelmente estável em torno de 90 mil a 100 mil por mês, mesmo quando os dados de empresas já existentes apontam para queda persistente na criação de vagas”.
Essa discrepância sugere que a contribuição de novos negócios para a geração de empregos pode estar superestimada.
O banco acrescenta que a fraqueza na criação de vagas em empresas já estabelecidas continuou além de março de 2025. Como exemplo, no mês anterior, o payroll reportado de 22 mil refletiu acréscimo sazonal de 98 mil empregos em novas companhias, mas queda de 76 mil em empresas existentes.
O Standard Chartered considera que seu ajuste sazonal é “não oficial, mas provavelmente mais próximo da realidade em termos gerais”.
A expectativa é que esse viés altista do payroll influencie a definição de juros pelo Fomc. Segundo os analistas, “um fator relevante por trás” da projeção de corte de 50 pontos-base em setembro é justamente a probabilidade de que os dirigentes do Fed levem em conta que a criação efetiva de empregos está bem abaixo das estimativas de tendência entre 50 mil e 100 mil.
A revisão em baixa reforça a importância dos ajustes de referência, sinalizando que os números agregados de emprego podem transmitir uma percepção exagerada da força do mercado de trabalho, o que pode levar a uma política monetária mais acomodatícia no curto prazo, de acordo com o Standard Chartered.