Investing.com - As bolsas globais ficaram sobre intensa pressão nesta semana em meio a uma poderosa combinação de crescente ansiedade com o aumento do rendimento dos títulos do Tesouro e o impacto das tensões comerciais no crescimento econômico, além de uma discussão sobre os planos orçamentários da Itália.
Taxas de juros crescentes nos títulos tornaram o centro do palco de discussões após os rendimentos atingirem patamares não vistos em vários anos.
O rendimentos dos títulos do Tesouro com vencimento de 10 anos alcançaram um pico de 7 anos meio, de 3,261% na terça-feira, mas depois recuaram, enquanto os títulos de 30 anos tocaram na cotação mais alta em mais de quatro anos, antes de ceder.
Os rendimentos do Tesouro aumentaram recentemente após uma série de dados econômicos otimistas que reforçaram o argumento de que o Federal Reserve aumentaria as taxas em dezembro e além disso.
Os rendimentos dos títulos são simplesmente os mais recentes de uma série de grandes ventos contrários que os estão deixando os investidores preocupados com o fim da longa tendência de alta do mercado.
Os investidores também continuaram atentos aos últimos desenvolvimentos em relação às metas orçamentárias da Itália.
Giovanni Tria, ministro das Finanças da Itália, prometeu na terça-feira que o governo fará o que for necessário para restaurar a calma se o nervosismo do mercado se transformar em uma crise. No entanto, os vice-primeiros-ministros Luigi Di Maio e Matteo Salvini se mantiveram firmes nos planos orçamentários e de déficit do país.
Os desenvolvimentos aumentaram os riscos de um rebaixamento das nota de crédito para o país, com um efeito indireto para os bancos italianos, que são grandes detentores de títulos do governo.
Maiores temores sobre o crescimento econômico global voltaram à tona depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu no início desta semana que as tensões comerciais em ebulição, como aquelas entre os EUA e a China, poderia levar a uma "súbita deterioração do sentimento de risco, desencadeando uma ampla correção nos mercados de capitais globais e um aperto agudo das condições financeiras globais".
O FMI reduziu as previsões de crescimento econômico global para 2018 e 2019, assim como para as estimativas para os EUA e a China para o próximo ano, dizendo que os dois países sentirão o peso do impacto de sua guerra comercial no ano que vem.
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