👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Auxílio emergencial é certo, a dúvida é como e quanto, dizem analistas

Publicado 02.02.2021, 16:33
Atualizado 02.02.2021, 17:00
© Reuters.
IBOV
-
WDOc1
-

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - Passadas as eleições no Congresso e o recesso parlamentar que travaram a pauta legislativa por quase dois meses, o foco das duas casas nas próximas semanas deve ser a discussão em torno do auxílio emergencial, cuja extensão pode acontecer em um formato diferente de 2020, disseram analistas ao Investing.com.

LEIA MAIS: Lira assume presidência da Câmara e destitui bloco partidário adversário

Nesta segunda-feira (1), os candidatos apoiados pelo Planalto, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), venceram as disputas pelas presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, ambos em primeiro turno e ambos citando, nos discursos de posse, uma extensão do benefício.

Para Alex Lima, head de investimentos da Lifetime, o alívio latente do mercado desta terça-feira (2), apesar de justificado pelo fim de incertezas como um possível impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, é frágil e depende da articulação do Congresso com o ministério da Economia.

“Se condicionarem gastos e respeitarem o Teto, o auxílio poderia ser um respiro. Mas o mercado está com muita pouca paciência e os preços podem voltar facilmente para onde estavam na semana passada se as coisas não andarem logo”, diz.

LEIA MAIS: Partidos do bloco de Baleia irão ao STF contra decisão de Lira

Para ele, a eleição em primeiro turno, principalmente de Lira, foi um ponto extra que justifica a reação positiva dos ativos brasileiros. Perto das 16h30, o índice Ibovespa subia 0,3%, com máxima em 119.805 pontos, enquanto o dólar futuro caía 2,27%, para R$ 5,362, levando a curva de juros junto.

A ordem das coisas

Para Thiago Vidal, analista político da Prospectiva, apesar de o governo ganhar algum fôlego com a vitória dos candidatos apoiados pelo Planalto, Lira pode trazer alguma dor de cabeça ao ministro Paulo Guedes, da Economia.

LEIA MAIS: Há risco de decepção com andamento de reformas sob novos comandos no Congresso, diz BNP Paribas

Segundo ele, apesar de o novo líder da Câmara ter uma densidade ideológica menor que a do ex-presidente, Rodrigo Maia, ele tende a pender para pautas com foco mais local, ou desenvolvimentistas, que bateriam de frente com a pasta econômica.

“Auxílio emergencial vai acontecer, a dúvida é o formato, o ‘como, e não o ‘se’. Continuar no formato atual é improvável porque é caro e irracional, mas a dúvida é se isso vai se traduzir em uma política fixa de maior renda mínima depois”, aponta.

Entre abril e dezembro de 2020, os pagamentos do auxílio emergencial somaram R$ 293,1 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional, distribuídos a pelo menos 68 milhões de pessoas em setembro. No último mês, estados do Norte como Amazonas e Pará, alguns dos mais afetados pela pandemia no país, criaram programas de extensão estadual do benefício.

E depois?

No entanto, os analistas apontam que, antes da discussão sobre o auxílio propriamente dito, o Congresso precisa pautar temas remanescentes de 2020, como a PEC Emergencial, que daria espaço para uma possível continuação dos pagamentos.

LEIA MAIS: Dólar engata queda contra real após eleições no Congresso

Ontem, em entrevista à CNN Brasil após a vitória, Lira colocou, além da PEC, a aprovação do orçamento de 2021, a reforma administrativa e a reforma tributária na lista de prioridades da Câmara para este ano, todas com impactos relevantes para o horizonte das contas públicas do país.

Para André Perfeito, economista-chefe da Necton, no entanto, a articulação dessas pautas, já atrasada por conta da pandemia, vai precisar correr contra o tempo antes da virada de semestre.

“Se não conseguirem se encaminhar, vamos entrar em período de pré-eleição, e aí faturas como os marcos regulatórios ou outras reformas podem ficar para trás”, aponta.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.