Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os mercados voltam as atenções para importantes dados de inflação nos EUA nesta terça-feira, 12, que podem influenciar a forma como o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vê o futuro das taxas de juros este ano.
No mercado de commodities, o ouro opera perto da máxima histórica, enquanto o bitcoin atinge um novo pico recorde.
No Brasil, a Petrobras perde R$ 55,3 bilhões em valor de mercado em um único dia.
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1. Futuros dos EUA mostram cautela antes de dados de inflação
Os índices futuros norte-americanos apresentaram movimentações divergentes nesta segunda-feira, refletindo a postura expectante dos investidores diante da iminente divulgação de indicadores inflacionários críticos.
Às 7h52, horário de Brasília, o Dow Jones Futures recuou 0,23%, enquanto o S&P 500 Futures registrou uma leve queda de 0,04% e o Nasdaq 100 Futures exibiu um modesto avanço de 0,05%.
As principais médias de Wall Street encerraram a última sessão em território negativo, com destaque para a Nvidia (NASDAQ:NVDA), gigante do setor de IA, que reverteu seu recente rali, culminando em uma semana de volatilidade acentuada. As ações inicialmente ascenderam, impulsionadas por um aumento surpreendente nas contratações nos EUA durante fevereiro.
A Nvidia sofreu uma desvalorização superior a 5%, marcando sua pior performance diária desde o término de maio e interrompendo uma série de seis sessões de ganhos consecutivos. Apesar disso, a companhia finalizou a semana com um acréscimo superior a 6% em seu valor de mercado.
Os dados inflacionários dos EUA, previstos para terça-feira, estão no radar dos investidores, que buscam pistas sobre o possível início do ciclo de relaxamento monetário pelo Fed.
Analistas projetam que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro apresente um incremento de 0,4% na comparação mensal, superando o avanço de 0,3% registrado em janeiro, impulsionado em parte por um esperado aumento nos preços dos combustíveis. O núcleo, que exclui componentes voláteis como alimentos e energia, deve desacelerar para 0,3% na base mensal, frente ao 0,4% anterior.
Na última quinta-feira, Jerome Powell, presidente do Fed, sinalizou que a redução das taxas de juros poderia ser apropriada "em algum momento deste ano", embora tenha ressaltado que ainda não há consenso para tal medida.
O desempenho das vendas no varejo de fevereiro, com expectativa de recuperação de 0,8%, também está sob a atenção dos analistas de mercado, após uma queda equivalente no mês precedente.
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2. Preços do ouro estáveis
Na manhã desta segunda-feira, os preços do ouro mantiveram-se próximos aos picos históricos, com os investidores voltando suas atenções primordialmente para os vindouros dados inflacionários americanos.
Os valores do metal precioso alcançaram máximas recordes na semana passada, especialmente após declarações de Powell indicando que o ritmo de aumento dos preços está se aproximando de um patamar confortável para o Fed. Tais comentários alimentaram expectativas de que o banco central americano possa em breve iniciar um ciclo de redução nos custos de empréstimos, atualmente nos níveis mais elevados em mais de vinte anos.
O relatório de empregos de fevereiro, que revelou um mercado de trabalho resiliente, embora moderado, nos EUA, também contribuiu para a valorização do ouro, juntamente com a debilidade do dólar e a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro.
O ouro à vista estava cotado a US$ 2.178,15 por onça, com uma variação negativa de 0,05%, enquanto o ouro futuro, com vencimento em abril, apresentava uma diminuição de 0,03%, sendo negociado a US$ 2.184,80 por onça. Na semana anterior, os contratos futuros do ouro atingiram um pico de US$ 2.203,0 por onça, e o ouro à vista escalou para um recorde de US$ 2.195,20 por onça.
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3. Novo recorde de alta do bitcoin
A valorização do bitcoin persistiu nesta segunda-feira, com a principal criptomoeda estabelecendo um novo marco, ao atingir US$ 70.400 no mercado europeu. Às 7h56, horário de Brasília, a moeda digital era cotada a US$ 71.707,8.
A escalada no interesse pelo bitcoin foi estimulada pela recente aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados à sua cotação, além da antecipação de uma possível flexibilização da política monetária pelo Federal Reserve (Fed). O mercado também foi impulsionado por um evento de halving, que promete restringir a nova oferta da criptomoeda.
O fenômeno de alta do bitcoin em 2021, seguido por um período de retração conhecido como "cripto inverno", resultou em falências e colapsos significativos no setor, desencadeando uma onda de alertas regulatórios sobre os riscos inerentes às criptomoedas.
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4. Preços do petróleo registram leve queda
No início das operações europeias desta segunda-feira, os preços do petróleo exibiram uma moderação, refletindo a apreensão do mercado quanto ao arrefecimento da demanda e as potenciais restrições de oferta decorrentes das tensões geopolíticas no Oriente Médio e na Rússia.
Os indicadores de importação de petróleo da China, referentes aos dois primeiros meses de 2024, frustraram as expectativas na última semana, intensificando as preocupações com a diminuição da demanda global. A China detém o título de maior importador mundial de petróleo bruto.
Tais inquietações foram exacerbadas pela incerteza contínua em relação à direção das taxas de juros americanas.
Os futuros do petróleo Brent registraram uma queda de 0,30%, negociados a US$ 81,83 por barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) recuaram 0,31%, cotados a US$ 77,77 por barril.
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5. Petrobras despenca sem dividendos extraordinários
Os acionistas não entenderam e a estatal de petróleo Petrobras (BVMF:PETR4) perdeu R$55,3 bilhões em valor de mercado na última sexta-feira, 08, após ter anunciado a distribuição de dividendos, mas não valores adicionais, os chamados dividendos extraordinários. Os dados são do consultor financeiro Einer Rivero, da Elos Ayta Consultoria. As ações preferenciais recuaram 10,57% no fechamento do pregão, com forte repercussão no mercado, que também não considerou o balanço favorável.
Com a repercussão sobre o assunto, três grandes brancos rebaixaram suas recomendações para as ações estatal para “neutra”, incluindo o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), o Bradesco BBI e o Santander (BVMF:SANB11). De acordo com o {{0|Bradesco BBI} }, a companhia “decepcionou as expectativas do mercado em relação ao pagamento de recursos extraordinários”, enquanto o Santander afirmou que a Petrobras “ainda é uma empresa forte, mas as ações agora carecem de catalisadores”.
Às 7h56 (de Brasília), as ADRs (NYSE:PBR) subiam 0,34% no pré-mercado, a US$14,83.
O ETF EWZ (NYSE:EWZ) estava estável.
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