Por Noreen Burke e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os principais índices futuros das ações dos EUA apontam para uma abertura em alta em Wall Street, com o início do segundo trimestre.
No mercado de commodities, os preços do ouro atingiram um novo recorde, com apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).
No Brasil, índice da bolsa de valores Ibovespa recua e registra pior desempenho entre mercados globais no primeiro trimestre do ano.
Aqui está o que você precisa saber para começar seu dia.
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1. Futuros das ações dos EUA começam o segundo trimestre em alta
Na segunda-feira, 1 de abril, os futuros das ações dos EUA subiam antes da abertura das Bolsas em Nova York e após um feriado de mercado na sexta-feira. Os dados de fevereiro mostraram que a inflação foi mais baixa do que o esperado, mantendo a perspectiva de um corte na taxa de juros do Federal Reserve em junho.
Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,3% mais alto, o S&P 500 futuros ganhou 0,3%, e o Nasdaq 100 futuros subiu 0,5%.
O otimismo foi impulsionado pelo início do segundo trimestre e pelos dados positivos da indústria chinesa. No entanto, os volumes de negociação devem permanecer baixos devido ao feriado da Páscoa. Os investidores estarão de olho nos dados do Índice de Gerentes de Compras ( PMI) de março, esperando um pouso suave para a economia dos EUA.
O mercado de ações dos EUA teve um forte início de ano, impulsionado pelo otimismo em relação às ações de inteligência artificial e pela expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Fed. Todos os três principais índices dos EUA tiveram ganhos sólidos no primeiro trimestre, com o S&P 500 liderando com um aumento de mais de 10%.
A continuação dessa recuperação no segundo trimestre depende em grande parte do Fed. No início do ano, os mercados esperavam seis cortes nas taxas do Fed, mas agora apenas três estão previstos. A continuação do forte impulso também dependerá dos lucros corporativos, que começam a se intensificar na segunda semana de abril.
2. Ouro atinge novo recorde com expectativa de corte nas taxas
Na segunda-feira, os preços do ouro atingiram um recorde de alta, impulsionados por uma inflação mais baixa nos EUA, que reforçou as apostas de que o Fed fará seu primeiro corte na taxa de juros do ano em junho. O preço do ouro spot subiu 0,62%, para US$ 2.247,11 por onça, após atingir um recorde histórico de US$ 2.265,73 no início da sessão. O ouro futuro dos EUA ganhou 1,3%, sendo negociado a US$ 2.267,55.
Atualmente, os investidores estão avaliando em 60% a probabilidade de o Fed começar a cortar as taxas em junho. Taxas de juros mais baixas reduzem o custo de oportunidade de manter o ouro. Em março, o ouro registrou seu maior aumento mensal em mais de três anos, impulsionado por apostas de corte nas taxas, forte demanda por portos seguros e compras de bancos centrais.
3. Microsoft separará Teams e Office globalmente, diz Reuters
A Microsoft (NASDAQ:MSFT) planeja vender seu aplicativo de bate-papo e vídeo Teams separadamente de seu produto Office em todo o mundo, informou a Reuters na segunda-feira. A decisão vem seis meses depois de a empresa ter separado os dois produtos na Europa para evitar uma possível multa antitruste da União Europeia.
A Comissão Europeia vem investigando a vinculação do Office e do Teams pela Microsoft desde uma reclamação feita em 2020 pelo Slack, um aplicativo de mensagens de espaço de trabalho concorrente de propriedade da Salesforce. "Para garantir clareza para nossos clientes, estamos estendendo as medidas que tomamos no ano passado para separar o Teams do M365 e do O365 no Espaço Econômico Europeu e na Suíça para clientes em todo o mundo", disse um porta-voz da Microsoft.
"Isso também atende aos comentários da Comissão Europeia, oferecendo às empresas multinacionais mais flexibilidade quando desejam padronizar suas compras em diferentes regiões".
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4. Preços do petróleo perto da estabilidade
Os preços do petróleo registravam pouca variação no início da manhã desta segunda, após ganhos recentes.
Às 7h55 (de Brasília), os contratos futuros do petróleo dos EUA eram negociados 0,23% mais baixos, a US$ 82,98 por barril, após um ganho de 3,2% na semana passada, enquanto o contrato do Brent recuava 0,29%, para US$ 86,75 por barril, após um aumento de 2,4% na semana passada.
A atividade manufatureira da China expandiu-se pela primeira vez em seis meses em março, segundo uma pesquisa oficial das fábricas no domingo, apoiando a demanda no maior país importador mundial de petróleo, mesmo com a crise no setor imobiliário continuando a ser um entrave para a economia.
Ambos os índices de referência terminaram em alta pelo terceiro mês consecutivo em março, com o Brent mantendo-se acima de US$ 85 por barril desde meados do mês passado, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, se comprometeram a estender os cortes de produção até o final de junho, o que poderia restringir a oferta de petróleo bruto durante o verão no Hemisfério Norte.
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5. Ibovespa fecha primeiro trimestre no vermelho e como destaque negativo
O índice de referência na bolsa de valores brasileira Ibovespa fechou o pregão de quinta, o último do primeiro trimestre do ano, em acréscimo 0,33%, a 128.106,10 pontos, mas o índice acumulou queda de 4,53% no ano. Assim, nos primeiros três meses de 2024, o Ibov registra o pior desempenho entre mercados globais, conforme compilado da Elos Ayta Consultoria com 41 bolsas de valores globais.
A maior alta no primeiro trimestre foi registrada pelo BIST 100, da Turquia. O período foi marcado por incertezas em relação ao início do ciclo de cortes na taxa de juros americana, pressionando ativos de risco de mercados emergentes. No cenário doméstico, o risco fiscal e repercussão negativa sobre as decisões de distribuição de dividendos da Petrobras (BVMF:PETR4) também afastaram investidores da bolsa de valores.
Às 7h55 (de Brasília), o ETF (NYSE:EWZ) subia 0,28% no pré-mercado.
(Reportagem com contribuição da Reuters)
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