Por Geoffrey Smith
Investing.com - Investidores tandem ao risco em todo o mundo, depois que Joe Biden emergiu como vencedor da eleição presidencial dos EUA no fim de semana. O dólar está em baixa, as ações e o petróleo estão em alta. Em meio a toda a euforia, os casos da Covid-19 estão batendo novos recordes nos EUA e na Europa. Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta segunda-feira, 9 de novembro.
1. Dólar perde força com alta global do risco
O dólar perdeu força ao redor do mundo, uma vez que a clareza crescente sobre a eleição presidencial dos EUA apoiou os ativos de risco em economias emergentes e avançadas.
Por volta das 9h05 (horário de Brasília), o Índice Dólar, que compara o dólar com uma cesta de moedas desenvolvidas, estava em 92,33, em leve alta em relação ao seu nível noturno, mas caiu quase 2% na semana passada, ficando a apenas 0,5 % do que seria uma baixa de 30 meses.
As perdas em relação às moedas emergentes foram mais graves, com o iuan chinês ganhando meio por cento, para seu nível mais alto desde maio de 2018. O rublo russo e o peso mexicano também se beneficiaram com o retorno do apetite pelo risco.
O grande destaque, no entanto, foi a lira turca, que ganhou quase 6% em relação ao dólar depois que o presidente Recep Tayyip Erdogan demitiu o presidente do banco central e o ministro das Finanças renunciou no fim de semana
2. Ações globais atingem recorde de alta com expectativas de revisão da política dos EUA
Os mercados de ações globais dispararam com as expectativas de uma política fiscal inflacionária dos EUA, a continuidade de uma política monetária frouxa e uma política comercial menos abertamente confrontadora sob a nova administração.
Os mercados chinês, japonês e europeu subiram entre 1,5% e 2,5%, enquanto o índice global de ações MSCI atingiu um recorde histórico.
Os vencedores notáveis na Europa incluem a Airbus (PA:AIR), que subiu quase 4% nas expectativas de que a UE e os EUA encontrem uma maneira de encerrar um conflito de uma década sobre subsídios para suas empresas do setor. Isso não impediu a UE de impor tarifas à Boeing (NYSE:BA); (SA:BOEI34), de acordo com uma decisão da OMC do início deste ano.
3. Ações dos EUA retomam alta: balanços de fast food e entretenimento esperados
As ações dos EUA devem abrir em forte alta, em linha com as ações globais, já que os investidores descartaram as chances de nova volatilidade decorrente das várias recontagens em estados e das ações judiciais ameaçadas pela equipe de Trump em sua bizarra entrevista coletiva no estacionamento de um centro de paisagismo no sábado.
Às 9h15 (horário de Brasília), os futuros do Dow subiam 1.519,5 pontos ou 5,4%, enquanto o contrato futuro do S&P 500 subia 3,7% e o do Nasdaq subia 0,8%. Todos os três índices caíram na sexta-feira no que pareceu ser uma breve interrupção do rali pós-eleitoral.
O McDonald’s (NYSE:MCD) lidera a lista de empresas que reportam na manhã de segunda-feira, enquanto a Walt Disney (NYSE:DIS); (SA:DISB34) e a Lyft (NASDAQ:LYFT) divulgam seus números após o fechamento.
Também dignos de nota serão os discursos de Loretta Mester, do Fed de Cleveland, e do presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker.
4. Casos de vírus atingiram novos recordes; Estado de emergência em Utah
Deixando de lado a euforia com o fim da incerteza eleitoral, a batalha contra o coronavírus continua indo mal, com os EUA registrando novamente um número recorde de novos casos no fim de semana. Foram registrados mais de 100.000 novos casos em todo o país nos últimos quatro dias, enquanto o nível de internações hospitalares, em mais de 55.000, está em seu nível mais alto desde o início de agosto e apenas 3.000 abaixo do recorde anterior.
Utah declarou estado de emergência no fim de semana para lidar com a superlotação dos hospitais. As novas medidas anunciadas incluem a obrigatoriedade do uso de máscara em todo o estado.
A situação dificilmente é melhor na Europa, com a Alemanha também relatando seu maior nível de novos casos em um dia.
5. Softbank (OTC:SFTBY) alcança lucro de US$ 6 bilhões apesar do fiasco das opções de tecnologia
O Softbank perdeu US$ 1,3 bilhão em seus investimentos pouco ortodoxos em ações de tecnologia no verão, mas ainda gerou um lucro de US$ 6 bilhões no terceiro trimestre, graças em grande parte aos ganhos de investimento em sua carteira do Vision Fund.
O Softbank havia se tornado “a baleia Nasdaq” no verão, apostando bilhões de dólares principalmente por meio dos mercados de opções em operações que amplificaram a mania por ações de tecnologia que emergiu dos estágios iniciais da pandemia.
As ações do Softbank. (T:9984) subiram 5% em Tóquio antes dos resultados, publicados após o fechamento do mercado.