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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira

Publicado 14.04.2020, 07:10
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By Geoffrey Smith 

Investing.com -- O presidente Donald Trump aumenta a pressão sobre os governadores para reabrir a economia de suas juridições, enquanto Espanha e Itália dão os primeiros pequenos passos para reabrir a deles em meio a sinais de que a pandemia de coronavírus Covid-19 tenha atingido o pico. 

França e Índia estendem, no entanto, seus bloqueios até maio. Alemanha e Reino Unido devem fazer o mesmo durante a semana. 

Os preços do petróleo caem, investidores não estão convencidos que o acordo da Opep+ no fim de semana para cortar a oferta vão compensar a queda da demanda relacionada ás medidas de isolamento social e restrição de viagens para conter a disseminação de coronavírus.

JPMorgan e a Johnson & Johnson iniciaram o que provavelmente será uma temporada de resultados de montanha-russa no primeiro trimestre. 

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na terça-feira, 14 de abril.

1. Os três grandes da Europa estendem os bloqueios enquanto Espanha e Itália começam a reabrir

Os países europeus mais atingidos pelo surto de Covid-19, Itália e Espanha, começaram a suspender suas restrições a negócios não essenciais em meio a sinais de que o coronavírus tenha atingido o pico nestes países. Ambas as economias, no entanto, permanecem amplamente fechadas.

As três maiores economias da Europa, no entanto, devem permanecer no bloqueio quase total por pelo menos mais algumas semanas. A França estendeu sua ordem de quarentena até 11 de maio na segunda-feira, e a chanceler alemã Angela Merkel deve fazer o mesmo depois de uma teleconferência com os governadores estaduais na quarta-feira. 

Enquanto isso, o Reino Unido está se preparando para estender seu bloqueio por mais três semanas na quinta-feira, de acordo com o The Times de Londres.

O primeiro-ministro Narendra Modi também estendeu o bloqueio da Índia por mais duas semanas, até 3 de maio, enquanto a Rússia registrou seu maior aumento diário em novos casos e mortes até o momento.

2. Trump aumenta a pressão sobre os governadores para reabrir economias nos EUA

O presidente Donald Trump pediu aos governadores estaduais dos EUA que acelerem seus preparativos para reabrir suas economias, dando um aviso velado de que ele tentaria anulá-las se não o fizessem.

Trump disse em seu briefing diário de notícias que ele tinha "autoridade total" em relação à gestão econômica da pandemia, mas não deu uma resposta quando questionado que a Constituição não concede à Presidência nenhum poder explicitamente - e que todos os poderes não conferidos ao governo federal permanecem com os estados.

Dois grupos de estados, nas costas leste e oeste dos EUA, disseram que trabalharão na coordenação do levantamento das medidas de bloqueio.

3. Ações devem abrir em alta; dólar cai, ouro sobe

As ações dos EUA devem abrir em alta, revertendo as perdas sentidas no pregão relativamente fraco da segunda-feira, enquanto os mercados europeus estavam fechados.

Às 8h30 (horário de Brasília), o contrato Dow Jones 30 Futuros subia 272 pontos, ou 1,2%, enquanto o contrato S&P 500 Futuros subia 1%, e o contrato futuro do Nasdaq 100 ganhava 1,3%.

Os mercados europeus reabriram em alta após o feriado da Páscoa, mas reduziram os ganhos e operavam mistos no meio do dia na Europa. Os mercados chinês e japonês subiram, ajudados por dados que mostram que as exportações e importações chinesas caíram menos do que o esperado em março.

Além disso, o índice do dólar caiu abaixo de 100, com os mercados ainda digerindo o pacote de estímulo pré-Páscoa do Fed. Isso também está apoiando os futuros do ouro, que estão a caminho do maior fechamento em quase oito anos.

4. Prepare-se para uma temporada intensa de balanços do primeiro trimestre

O JPMorgan e a gigante farmacêutica Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) iniciaram o que pode ser a temporada de balanços mais estranha de todos os tempos, refletindo os desafios de retratar o estado dos negócios no meio da pandemia.

Os balanços de ambas as empresas serão em grande parte históricos, uma vez que o vírus não começou a afetar a economia dos EUA até março, então todos os olhos estarão na avaliação de desenvolvimentos de curto prazo.

O JPMorgan mostrou lucro que ficou mais fraco do que as projeções dos analistas. A receita ficou menor do que a mediana das previsões. A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 0,78, resultado que ficou mais fraco do que as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 2,28.

Já a Johnson & Johnson mostrou lucro que superou as projeções dos analistas, como também a receita ficou acima da mediana das previsões. A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 2,30, resultado que superou as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 1,99.

5. Preços do petróleo caem em meio a dúvidas sobre efetividade de cortes na oferta

Os preços do petróleo vacilaram após um acordo ser fechado no final de semana da Páscoa para reduzir a oferta global, em meio a relatórios em andamento que mostram a extensão da destruição da demanda.

A Opep e seus aliados concordaram em cortar cerca de 9,7 milhões de barris por dia de produção nos próximos dois meses, mas os métodos usados ​​para calcular o corte sugeriram que as reduções reais na produção diária dos níveis atuais seriam menores.

Às 8h30, os contratos futuros do petróleo dos EUA caíam 2,2%, a US$ 21,91 por barril, enquanto o índice internacional Brent perdia 0,7%, a US$ 31,52. A diferença entre os dois, de quase US$ 10 o barril, poucas vezes foi maior.

Além disso, pontuou o estrategista do Saxo Bank, Ole Hansen, o Brent (para entrega imediata) está sendo negociado US$ 5,15 abaixo do contrato futuro de junho. “O acordo da OPEP+ fez pouco para aliviar o estresse no mercado. Também mostra que é o petróleo com sua perspectiva de demanda fraca, não as ações bombeadas pelo Fed, que dá a visão correta da atual economia global ”, afirmou Hansen.

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