Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 30.04.2025, 04:51
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros das ações dos EUA operam em leve baixa nesta quarta-feira, em uma semana carregada de balanços de grandes empresas de tecnologia e importantes dados econômicos.

Os investidores acompanham de perto os resultados de Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Meta Platforms (NASDAQ:META), além de novos indicadores sobre crescimento e inflação nos Estados Unidos.

Em paralelo, o presidente Donald Trump assinou decretos para atenuar os efeitos das tarifas sobre o setor automotivo, enquanto um alto funcionário da Casa Branca afirmou que um acordo comercial foi fechado com um país estrangeiro não identificado.

No Brasil, o mercado analisará a divulgação de dados do setor público e do mercado de trabalho para o mês de março.

Quer 1 ano GRÁTIS de InvestingPro? É só abrir uma Conta Internacional Nomad! Clique aqui!

1. Futuros americanos em leve queda

Os índices futuros de Nova York recuavam na manhã desta quarta-feira, refletindo a expectativa em torno da temporada de resultados e dos desdobramentos na política comercial da Casa Branca.

Por volta das 07h48 de Brasília, o contrato futuro do Dow Jones se mantinha estável, enquanto o do S&P 500 recuava 12 pontos (0,2%) e o do Nasdaq 100 cedia 65 pontos (0,3%).

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

Na sessão de terça-feira, os principais índices encerraram em alta após sinais de avanço nas negociações tarifárias por parte do governo Trump. Ainda assim, persistem os receios de que as tarifas possam prejudicar o crescimento norte-americano e provocar uma recessão global.

Nesse contexto, diversas empresas de grande capitalização devem divulgar seus balanços nos próximos dias, com destaque para gigantes do setor de tecnologia (detalhes a seguir).

Também estão previstas divulgações de dados econômicos relevantes, que podem oferecer pistas sobre o ritmo da atividade e a saúde do mercado de trabalho. Na terça-feira, dados mostraram leve recuo nas vagas de emprego em março e uma queda mais acentuada na confiança do consumidor em abril.

O presidente Trump assinou, na terça-feira, ordens destinadas a suavizar os efeitos de suas tarifas sobre automóveis, por meio de créditos e isenções para certos materiais.

As medidas foram anunciadas durante visita a Michigan, tradicional polo da indústria automobilística americana, pouco antes da entrada em vigor de novas tarifas de 25%.

Entre as mudanças, Trump autorizou um prazo de dois anos para que as montadoras ampliem a nacionalização de suas linhas de produção, uma meta já estabelecida em sua política tarifária. As empresas do setor, cuja cadeia de suprimentos é fortemente internacionalizada, têm pressionado a Casa Branca por ajustes na agenda comercial.

O presidente declarou que seu governo “quer ajudar” essas empresas e que não deseja penalizá-las se “não conseguirem obter as peças necessárias”. Uma associação que representa montadoras estrangeiras classificou a medida como um alívio parcial, mas defendeu ações adicionais para apoiar o setor.

Separadamente, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, informou à CNBC que um acordo comercial foi firmado com um país estrangeiro, sem revelar o nome. Trump já havia concedido uma suspensão de 90 dias nas tarifas para diversos países e afirmou que planeja firmar acordos bilaterais individualizados.

2. Expectativa por balanços em Wall Street

Após o fechamento do mercado desta quarta-feira, os investidores acompanham a divulgação dos resultados trimestrais da Microsoft e da Meta Platforms, controladora do Facebook.

Essas empresas integram o grupo conhecido como “Sete Magníficas” da tecnologia, que inclui Apple (NASDAQ:AAPL) e Amazon (NASDAQ:AMZN), cujos balanços estão programados para quinta-feira. Embora tenham liderado os ganhos dos últimos anos, essas ações têm apresentado desempenho inferior em 2025.

As atenções estarão voltadas também para os investimentos em inteligência artificial, tema que ganhou nova dimensão após o lançamento de um modelo de baixo custo pela startup chinesa DeepSeek. O impacto das tarifas impostas por Trump também deve ser mencionado, dado que diversas companhias já alertaram que a incerteza na política comercial dificulta o planejamento orçamentário.

Outras empresas com divulgação de resultados nesta quarta incluem a fabricante de chips Qualcomm (NASDAQ:QCOM) e o grupo de equipamentos de construção Caterpillar (NYSE:CAT).

3. Foco nos dados econômicos

Investidores monitoram nesta quarta-feira uma série de indicadores macroeconômicos dos EUA.

A estimativa preliminar do PIB norte-americano no primeiro trimestre — métrica-chave do crescimento da maior economia do mundo — deve mostrar desaceleração, com avanço de apenas 0,2%, ante 2,4% no trimestre anterior.

“Os detalhes do relatório, especialmente sobre o consumo das famílias, serão cruciais para a reação dos mercados”, escreveram analistas do ING em relatório a clientes.

Também será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal referência de inflação acompanhada pelo Federal Reserve. A autoridade monetária tem sinalizado uma abordagem cautelosa na condução da política monetária, à medida que avalia os efeitos das tarifas sobre a economia.

Outro dado relevante do dia é o relatório de criação de vagas no setor privado, elaborado pela ADP, que deve apontar acréscimo de 114 mil empregos em abril, abaixo dos 155 mil observados no mês anterior.

Todos esses números devem oferecer pistas iniciais sobre o impacto das tarifas de Trump sobre a economia americana, cenário já antecipado por diversos economistas.

4. Petróleo recua

Os preços do petróleo operam em queda nesta quarta-feira, acumulando o maior recuo mensal em mais de três anos em meio ao impacto da guerra comercial sobre as projeções de demanda.

O contrato futuro do Brent caía 1,5%, para US$ 62,33 por barril, enquanto o WTI (referência dos EUA) recuava 1,7%, a US$ 59,41.

Ambos os contratos acumulam perdas superiores a 15% neste mês, na pior queda percentual desde novembro de 2021.

As preocupações com a demanda global, agravadas pela guerra comercial, continuam afetando o humor dos investidores. Além disso, dados fracos sobre a atividade industrial da China, divulgados mais cedo, reforçaram esse panorama.

5. Setor público e mercado de trabalho no Brasil

O calendário econômico de hoje está repleto de dados importantes sobre o estado atual da atividade no Brasil. Serão divulgados os números do setor público, pelo banco central, e do mercado de trabalho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o mês de março.

Em fevereiro, a dívida pública federal subiu 3,30%, para R$7,492 trilhões, com custo médio anual avançando para 11,57%, refletindo o aperto monetário e alta nos juros futuros. O aumento foi puxado por emissões líquidas recordes de R$165,7 bilhões e R$73,7 bilhões em juros. A reserva de liquidez subiu para R$889 bilhões, cobrindo 6,66 meses de vencimentos, enquanto a participação de títulos prefixados nas novas emissões superou 50%, com melhora no perfil da dívida.

No mercado de trabalho, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, mas registrou recordes no número de empregados com carteira assinada (39,56 milhões) e no rendimento médio (R$3.378). O número de desempregados avançou 10,4% em relação ao trimestre anterior, enquanto o total de ocupados caiu 1,2%.

No calendário de balanços do 1º tri, teremos a apresentação dos números da Weg (BVMF:WEGE3) e do banco Santander Brasil (BVMF:SANB11).

(Com informações da Reuters)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.