Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 25.06.2025, 07:43
© Reuters

Investing.com – Os principais índices futuros das bolsas norte-americanas oscilam perto da estabilidade nesta quarta-feira, em meio à avaliação de um cessar-fogo entre Israel e Irã e aos recentes comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Os preços do petróleo registram alta, ainda que próximo às mínimas das últimas semanas, à medida que o cessar-fogo no Oriente Médio se mantém.

No Brasil, os investidores acompanharão a repercussão da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de pautar para hoje a derrubada do decreto do governo que aumenta o imposto sobre operações financeiras (IOF). Dados do setor externo também estão no radar.

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1. Futuros oscilam pouco em Wall Street

Na manhã desta quarta-feira, 25 de junho de 2025, os contratos futuros do mercado acionário americano oscilaram levemente acima da estabilidade. Os investidores equilibram expectativas sobre um cessar-fogo frágil entre Israel e Irã e avaliam os pontos de vista de Powell.

Às 7h30 de Brasília, o Dow recuava 23 pontos (-0,05%), enquanto o S&P 500 opera estável e o Nasdaq 100 subia 16 pontos (+0,07%).

Na véspera, os índices principais de Wall Street avançaram, sustentados pela percepção de que, mesmo com intensa retórica e retalhos de ataques, o cessar-fogo formal entre as partes se manteria.

Ao mesmo tempo, os operadores captaram um viés mais brando nas declarações do Fed. Durante seu primeiro dia de depoimento no Congresso, Powell ressaltou que o banco central tem adotado postura de espera antes de qualquer ajuste na taxa de juros.

Mesmo assim, cresce a ansiedade nos mercados com o término, previsto para início de julho, do adiamento de tarifas “recíprocas” abrangentes dos EUA, levando a Casa Branca a buscar acordos individuais com dezenas de países.

Analistas da Vital Knowledge escreveram a clientes que “o comércio representa o risco mais agudo aos mercados, mas os investidores mantêm atitude serena, confiantes de que o impacto final não será muito superior à tarifa padrão de 10%”.

2. Cessar-fogo entre Israel e Irã se mantém

Na quarta-feira, manteve-se em vigor o cessar-fogo mediado pelo presidente Donald Trump entre Israel e Irã, um dia depois do anúncio formal do fim da campanha aérea de 12 dias.

Steve Witkoff, enviado de Trump ao Oriente Médio, relatou que as negociações com o Irã estão mostrando “avanços”, e destacou que os EUA permanecem focados em viabilizar um acordo de paz duradouro com Teerã.

Ele afirmou à Fox News que “agora cabe a nós nos encontrarmos com os iranianos e estabelecer um pacto integral, e estou confiante de que vamos alcançar esse objetivo”.

Na terça-feira, Trump declarou início do armistício, mas criticou ambos os lados por realizarem ataques cuja coordenação precedeu o entendimento. No fim de semana anterior, Trump havia autorizado ataques aéreos israelenses nos complexos nucleares do Irã.

Apesar de Trump ter afirmado que as instalações foram “obliteradas”, agências de inteligência dos EUA indicaram que o estoque de urânio enriquecido do Irã foi eliminado, e que seu programa nuclear subterrâneo pode ter sido retardado apenas por alguns meses.

3. Petróleo sobe

Os preços do petróleo avançavam nesta quarta-feira em meio ao monitoramento do frágil cessar-fogo entre Israel e Irã, embora ainda estejam próximos das mínimas recentes.

O Brent crude subia 0,60%, negociado a US$ 66,56 por barril no momento da redação, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) avançava 0,70%, para US$ 64,81 por barril.

Na terça, o Brent chegou ao nível mais baixo desde 10 de junho, e o WTI desde 5 de junho, antes dos ataques surpresa às instalações militares e nucleares iranianas no início do mês.

A moderação dos conflitos sugere que o fluxo de petróleo pelo Estreito de Hormuz permaneça sem interrupções, embora ainda persista o receio de retaliações iranianas na região.

4. Segundo dia de depoimento de Powell ao Congresso

Hoje, Powell retorna ao Capitólio para apresentar seu segundo depoimento, desta vez perante o Senado.

Em seu discurso preparado divulgado ontem, Powell indicou que o Federal Reserve está disposto a manter as taxas inalteradas, monitorando o comportamento da economia.

Ele descreveu a dinâmica dos EUA como "robusta", com desemprego em 4,2% no mês de maio. Segundo Powell, o mercado de trabalho está “amplamente equilibrado e compatível com o pleno emprego”.

O presidente do Fed reconheceu que a inflação diminuiu desde os picos de meados de 2022, mas segue acima da meta de 2%. No período de 12 meses até maio, o índice geral de despesas de consumo pessoal (PCE) subiu 2,3%, e o PCE básico, excluindo alimentos e energia, avançou 2,6%.

Ao ser indagado por membros da Câmara por que o Fed não está promovendo cortes na taxa em ritmo mais acelerado, pleito frequente do ex‑presidente Trump, Powell esclareceu que há cautela quanto ao risco de reavaliação dos preços, especialmente em razão da possível implementação de tarifas elevadas pelos EUA.

5. Discussão sobre IOF e setor externo no Brasil

O destaque na agenda de hoje por aqui é a notícia de que o presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu adiantar a votação de um projeto legislativo que revoga um decreto do governo que aumentou o IOF.

Esperava-se que o tema só fosse pautado em meados de julho, antes do recesso.

Segundo o Poder360, a decisão de Motta causou reação entre parlamentares, como o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), que criticou o formato virtual da sessão.

O projeto ganhou força após insatisfação com a recente medida provisória do Executivo, que ampliou tributos e revogou apenas parcialmente o aumento do IOF, propondo ainda taxar títulos financeiros antes isentos do setor imobiliário e do agronegócio.

A medida já teve urgência aprovada por ampla maioria (346 votos).

Caso o decreto seja derrubado e a MP rejeitada, o governo cogita recorrer às reservas de estatais como Petrobras (BVMF:PETR4), BB (BVMF:BBAS3) e BNDES, ou até mesmo cortar emendas parlamentares, o que pode agravar a tensão entre Executivo e Legislativo.

O Ministério da Fazenda estimava arrecadar entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões com o novo IOF, valor essencial para manter o equilíbrio fiscal.

Ainda pela manhã, saberemos o desempenho do setor externo brasileiro, com números sobre transações correntes e investimento estrangeiro direto.

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