Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 02.07.2025, 08:15
© Reuters

Investing.com – Os principais índices futuros das ações dos Estados Unidos registravam leve alta nesta quarta-feira, após o Senado aprovar um amplo projeto fiscal que contempla as principais pautas econômicas do presidente Donald Trump. A proposta agora segue para a Câmara dos Representantes, onde os republicanos enfrentam um prazo apertado para levá-la à sanção presidencial.

No radar dos investidores, também estão os dados do mercado de trabalho norte-americano, com destaque para o relatório de empregos do setor privado. No Brasil, o destaque do calendário econômico fica para os dados oficiais da produção industrial de maio pelo IBGE.

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1. Futuros dos EUA sobem após avanço da agenda fiscal no Congresso

Os índices futuros de ações dos EUA registram ganhos, impulsionados pelo avanço no trâmite legislativo do chamado "One Big Beautiful Bill", pacote que reúne cortes de impostos e novos gastos públicos. Além disso, os agentes de mercado seguem monitorando os próximos passos da política monetária, especialmente diante da persistente incerteza sobre juros e tarifas.

Às 8h10 de Brasília, o contrato futuro do Dow Jones subia 127 pontos (+0,3%), o S&P 500 ganhava 8 pontos (+0,13%) e o Nasdaq 100 avançava 17 pontos (+0,01%).

Na sessão anterior, os índices encerraram sem direção única, com os investidores reagindo à leitura mais dura dos dados de emprego e a uma retração na atividade industrial menor do que o previsto.

2. Câmara analisa versão do Senado do pacote de Trump

Embora o projeto tenha passado por margem estreita no Senado, a aprovação final depende agora da Câmara dos Representantes, que deve analisar o texto nesta quarta-feira. A meta do partido governista é enviar a proposta à mesa do presidente até 4 de julho.

Ainda assim, paira incerteza sobre a adesão total da bancada republicana, especialmente entre os parlamentares mais ortodoxos do ponto de vista fiscal. As medidas contidas no texto, incluindo a extensão dos cortes de impostos de 2017, novas desonerações, além de aumento dos gastos com defesa e segurança de fronteiras, devem expandir o déficit federal em mais de US$ 3 trilhões, segundo projeções de institutos independentes.

Apesar desse impacto sobre as contas públicas, os rendimentos dos Treasuries pouco se alteraram, sustentados pela expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar um ciclo de redução de juros nos próximos meses, de acordo com análise do ING.

3. ADP em destaque na agenda econômica

A divulgação do relatório ADP, com os dados de emprego no setor privado, deve ajudar a calibrar as expectativas para a política monetária do Fed. A projeção do mercado é de criação de 99 mil vagas em junho, avanço expressivo ante as 37 mil do mês anterior.

Na véspera, os dados de ofertas de emprego vieram acima do esperado, mas acompanhados de uma desaceleração nas contratações, o que pode indicar um arrefecimento gradual do mercado de trabalho. A divulgação do payroll, com os números oficiais de criação de vagas fora do setor agrícola, está prevista para quinta-feira e deve ser determinante para os rumos dos juros.

A busca por pleno emprego, ao lado da estabilidade de preços, é um dos pilares da atuação do Fed. Enquanto os ganhos salariais seguem contidos e a inflação dá sinais de moderação, as autoridades monetárias têm preferido manter uma abordagem de cautela, especialmente diante dos impactos ainda incertos da política tarifária americana sobre a economia.

4. Petróleo estável com cessar-fogo no radar e estoques em alta

As cotações do petróleo operam com variações modestas nesta quarta-feira, à medida que os investidores acompanham os desdobramentos diplomáticos no Oriente Médio e os dados de estoques nos Estados Unidos.

No momento da redação, o Brent registrava leve alta de 0,1%, a US$ 67,16 por barril, enquanto o WTI era negociado a US$ 65,45, sem variação em relação ao fechamento anterior.

Na noite de terça-feira, o presidente Trump declarou que Israel aceitou os termos para um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas e pediu que o grupo palestino também endosse o acordo.

Já os dados divulgados pelo American Petroleum Institute mostraram um aumento de 680 mil barris nos estoques de petróleo dos EUA na semana encerrada em 27 de junho. O resultado interrompeu uma sequência de cinco semanas de fortes quedas e levantou dúvidas sobre a demanda durante o verão, período tradicionalmente associado a maior consumo de combustível.

O relatório oficial do Departamento de Energia (DoE) está previsto para ser publicado ainda hoje e pode oferecer mais pistas sobre os fundamentos da commodity.

5. Produção industrial de maio no Brasil

Os investidores locais poderão avaliar hoje mais dados sobre a economia brasileira, com a divulgação da produção industrial de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), daqui a pouco.

Ontem, tivemos a pesquisa mensal da S&P Global com gerentes de compras do setor, a qual apontou que a atividade industrial brasileira registrou sua pior retração desde julho de 2023 no mês passado, com o PMI caindo para 48,3, reflexo da forte queda nas encomendas de exportação e no volume total de vendas, segundo a S&P Global.

A produção recuou pelo segundo mês consecutivo, a um ritmo não visto em dois anos, e a redução nas novas encomendas completou três meses, com destaque para o fraco desempenho dos pedidos externos, especialmente das Américas.

Diante do cenário adverso, o setor cortou empregos pela primeira vez em quase dois anos.

Apesar de uma leve aceleração nos custos, puxada por componentes eletrônicos, alimentos e metais, a confiança empresarial atingiu o maior nível em 14 meses, sustentada por expectativas de recuperação da demanda e de queda nos juros.

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