Fique por dentro das principais notícias do mercado desta segunda-feira

Publicado 17.03.2025, 08:13
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros dos EUA iniciam a semana em queda, refletindo temores de recessão nos Estados Unidos e preocupações com o impacto de novas tarifas sobre as relações comerciais entre EUA e União Europeia.

No cenário internacional, a economia chinesa dá sinais de recuperação, enquanto ataques no Oriente Médio afetam o mercado de petróleo.

No Brasil, as atenções estão voltadas ao IBC-Br de janeiro, do Banco Central, considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), bem como as projeções do mercado no boletim Focus.

Confira agora mais detalhes dos assuntos que estão movimentando os mercados nesta manhã.

1. Futuros americanos em baixa

Os contratos futuros de ações dos EUA operavam em queda nesta segunda-feira, estendendo um movimento de fraqueza impulsionado por incertezas sobre a economia norte-americana.

Às8h10 de Brasília, o S&P 500 caía 0,19%, o Nasdaq 100 recuava 0,11% e o Dow Jones perdia 0,25%.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

A pressão negativa veio após declarações do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em entrevista à NBC no domingo. Ele afirmou que "não há garantias" de que o país evitará uma recessão este ano. O alerta surge pouco depois de o presidente Donald Trump se recusar a descartar essa possibilidade.

Os principais índices de Wall Street têm enfrentado dificuldades recentemente. O Nasdaq Composite aprofundou-se em território de correção na última semana, enquanto o S&P 500 chegou a tocar essa zona momentaneamente.

A política tarifária da administração Trump tem gerado preocupações entre investidores, que temem que um conflito comercial possa impactar severamente a atividade econômica.

O risco de uma guerra comercial entre Estados Unidos e Europa ameaça negócios transatlânticos que movimentam US$ 9,5 trilhões anuais, segundo alerta da Câmara Americana de Comércio junto à UE (AmCham EU).

Na última semana, Washington impôs tarifas sobre aço e alumínio, enquanto a União Europeia anunciou planos de retaliação. Em resposta, Trump ameaçou impor tarifas de 200% sobre vinhos e destilados europeus.

O presidente norte-americano tem criticado o déficit comercial dos EUA em bens com a UE, apesar do superávit em serviços, e instado fabricantes a produzirem dentro do país.

O relatório anual da AmCham EU destaca 2025 como um ano decisivo para a relação econômica transatlântica, apontando o investimento como o verdadeiro termômetro dessa parceria.

"Contrariando o senso comum, a maior parte dos investimentos entre EUA e Europa ocorre entre essas regiões, em vez de se direcionar para mercados emergentes de menor custo", afirmou o grupo.

A entidade advertiu que os impactos desse conflito comercial podem prejudicar significativamente os laços econômicos entre as duas potências.

2. Expectativa de recuperação nas vendas no varejo dos EUA

Na agenda econômica, os investidores acompanham a divulgação dos dados de vendas no varejo de fevereiro, considerados um termômetro do consumo nos EUA.

A projeção preliminar indica um avanço mensal de 0,6%, revertendo a forte queda de 0,9% registrada no mês anterior – a maior contração mensal desde janeiro de 2024.

Mesmo com essa possível recuperação, o sentimento do consumidor segue fragilizado, com receios sobre os efeitos negativos das tarifas impostas por Trump no poder de compra da população.

Além disso, grandes varejistas como Walmart (NYSE:WMT) e Home Depot (NYSE:HD) adotaram projeções anuais mais conservadoras, refletindo o impacto da inflação elevada sobre os gastos dos consumidores.

3. Sinais de crescimento na economia chinesa

Sinais de retomada econômica surgem na China, à medida que o governo busca estimular a atividade econômica, apesar da pressão adicional das tarifas norte-americanas.

As vendas no varejo cresceram 4,0% no período de janeiro a fevereiro, superando o avanço de 3,7% registrado em dezembro e atingindo o maior ritmo desde novembro de 2024.

Além disso, a produção industrial chinesa avançou 5,9% nos dois primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora esse resultado represente uma desaceleração em relação ao crescimento de 6,2% registrado em dezembro, ficou acima das expectativas do mercado.

No domingo, o Conselho de Estado da China anunciou um "plano de ação especial" para impulsionar o consumo doméstico, incluindo medidas como aumento da renda da população e um programa de subsídios para cuidados infantis.

O país tem enfrentado dificuldades para reacelerar sua economia desde a pandemia de covid-19.

4. Petróleo avança após ataques dos EUA contra Houthis

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, refletindo o risco de interrupções na oferta, após os EUA realizarem ataques contra os Houthis no Iêmen. Washington afirmou que continuará as ofensivas até que o grupo, alinhado ao Irã, cesse seus ataques a embarcações comerciais.

Os Houthis têm um histórico de ataques a navios no Mar Vermelho, uma rota crucial para o comércio global, responsável por cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

A escalada do conflito elevou as preocupações sobre possíveis interrupções em rotas comerciais essenciais, com reflexos relevantes nos mercados globais de petróleo.

Paralelamente, o presidente Donald Trump afirmou no domingo que conversará com o presidente russo Vladimir Putin na terça-feira, em um esforço para intermediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.

Na última semana, Kiev aceitou um acordo preliminar de cessar-fogo proposto pelos EUA durante reuniões na Arábia Saudita, embora os detalhes do entendimento ainda não tenham sido divulgados.

5. Prévia do PIB no Brasil

Após a divulgação de dados positivos sobre o setor público na semana passada, com a dívida bruta do país recuando para 75,3% do PIB em janeiro, os mercados locais agora se preparam para as sinalizações do banco central sobre os próximos passos da política monetária.

A expectativa é que, na reunião da quarta-feira, o BC siga o guidance fornecido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de dezembro, elevando a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual para 14,25%, no momento em que a inflação, nos últimos 12 meses, acumula uma alta de 5,06%. Porém, a dúvida dos investidores não estará na decisão em si, mas no que o Copom sinalizará para as próximas reuniões, com base na atividade econômica, taxa de câmbio, trajetória de endividamento público, entre outros fatores.

No calendário econômico de hoje, saberemos logo mais quais são as projeções do mercado para a economia brasileira no boletim Focus, bem como o IBC-Br, do banco central, que busca antecipar o resultado do PIB em janeiro. Na última leitura, o indicador apontou uma contração de 0,70% em dezembro.

Já no calendário de balanços, teremos como destaques na semana Hapvida (BVMF:HAPV3), Vivara (BVMF:VIVA3), Cemig (BVMF:CMIG4), Taesa (BVMF:TAEE11), Energisa (BVMF:ENGI11), Cyrela (BVMF:CYRE3) e Yduqs (BVMF:YDUQ3).

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