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Publicado 27.09.2024, 08:01
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Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Os futuros das ações dos EUA registravam leve queda antes da abertura das Bolsas em Nova York nesta sexta-feira, 27, com os investidores se preparando para um novo conjunto de dados econômicos.

Os investidores terão a chance de analisar os gastos dos consumidores e os números da inflação nos EUA, enquanto tentam avaliar a situação da economia do país, com a possibilidade de mais cortes nas taxas de juros do Federal Reserve ainda este ano.

No Brasil, dados do mercado de trabalho em foco.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Futuros americanos em compasso de espera por gastos do consumidor e PCE

Os futuros das ações dos EUA foram amplamente silenciados na sexta-feira, com os investidores aguardando a divulgação de uma série de dados econômicos, incluindo novos números de gastos dos consumidores e o indicador de inflação preferido do Federal Reserve.

Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava praticamente inalterado, o S&P 500 futuros recuava 0,07%, e o Nasdaq 100 futuros recuava 0,2%.

O índice de referência S&P 500 registrou seu terceiro recorde de fechamento esta semana na quinta-feira, acrescentando 23 pontos, ou 0,4%.

Os números que sustentaram o aumento mostraram que os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram mais do que o esperado, enquanto uma leitura final do produto interno bruto dos EUA confirmou que a maior economia do mundo expandiu-se em 3% no segundo trimestre.

Os números ajudaram a aumentar as esperanças de que a economia e o mercado de trabalho estivessem em bases sólidas, uma vez que o Fed sinaliza sua intenção de avançar com um ciclo de flexibilização da política, após um corte desproporcional da taxa de juros na semana passada.

É provável que os investidores acompanhem de perto os novos dados sobre gastos pessoais e inflação, que podem dar uma ideia da saúde da economia dos EUA à medida que o Fed se aproxima de mais reduções de taxas esperadas para o final deste ano.

Os gastos pessoais, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, devem ter crescido 0,3% em agosto, desacelerando em relação aos 0,5% do mês anterior.

Enquanto isso, os economistas esperam que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), que é usado pelas autoridades do Fed como indicador da inflação, aumente 0,2% em uma base mensal em agosto, igualando o ritmo de julho. Em relação ao ano anterior, a leitura é vista como um arrefecimento de 2,5% para 2,3%.

Excluindo-se os itens voláteis, como alimentos e combustíveis, projeta-se que o índice de preços PCE permaneça em linha com a taxa mensal de julho, de 0,2%, e acelere ligeiramente para 2,7%, de 2,6% em uma base anualizada.

ACOMPANHE: Monitor de juros do Fed

2. Intel e governo dos EUA finalizarão acordo bilionário de financiamento de chips

A Intel (NASDAQ:INTC) e o governo dos EUA provavelmente finalizarão um acordo para fornecer US$ 8,5 bilhões em financiamento à gigante fabricante de chips até o final do ano, de acordo com o Financial Times.

Citando pessoas familiarizadas com as discussões, o FT disse que as conversas estavam em um estágio avançado, embora não fosse garantido que um acordo seria finalizado até o final de 2024.

Qualquer aquisição potencial de toda ou parte da Intel poderia interromper as negociações, disse o FT.

A Intel, que está adotando uma série de medidas de corte de custos com o objetivo de reforçar seus negócios em declínio, tem atraído a atenção como possível alvo de aquisição, com a rival Qualcomm (NASDAQ:QCOM) supostamente de olho em uma participação na empresa.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

3. Receita da Costco decepciona

A Costco (NASDAQ:COST) informou que a receita do quarto trimestre fiscal ficou aquém das estimativas dos analistas, já que a queda nos gastos com itens de grande valor e os preços mais baixos da gasolina pesaram sobre a cadeia de armazéns só para membros.

As ações da empresa caíram nas negociações de horário estendido após a notícia.

Falando aos analistas após os resultados, o diretor financeiro Gary Millerchip observou que houve "sinais de que o consumidor está escolhendo muito bem como gastar seu dinheiro", acrescentando que os compradores estão cada vez mais em busca de pechinchas em itens como televisores e eletrodomésticos.

Os preços do gás também subiram 5,4% durante o período do relatório que terminou em 1º de setembro, uma taxa mais lenta do que o aumento de 6,6% no trimestre anterior.

A receita aumentou quase 1%, para US$ 79,69 bilhões, abaixo das estimativas de Wall Street de US$ 79,93 bilhões, embora o lucro líquido de US$ 5,29 por ação tenha superado as expectativas.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

4. Petróleo sobe

Os preços do petróleo oscilavam positivamente na sexta-feira, podendo registrar uma queda semanal, já que os investidores avaliaram a perspectiva de aumento da produção da Líbia e do grupo de petróleo OPEP+.

Às 7h58, os futuros do Brent haviam subido 0,2%, para US$71,23 por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate haviam ganhado 0,33%, para US$67,89 por barril.

Na Líbia, facções concorrentes que reivindicam o controle do banco central do país concordaram na quinta-feira em encerrar a disputa, que prejudicou a produção e as exportações domésticas de petróleo. Analistas citados pela Reuters sugeriram que mais de 500.000 barris por dia (bpd) de suprimento líbio poderiam retornar aos mercados.

Em outros lugares, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP+, estão planejando reverter 180.000 bpd dos profundos cortes de produção em andamento em dezembro.

Os investidores estão avaliando as perspectivas de um possível aumento na oferta com um pacote de estímulo maciço da China no início desta semana. Os analistas destacaram que ainda é incerto se as medidas impulsionarão a atividade no principal importador de petróleo do mundo.

LEIA MAIS: Quais ações ganham e quais perdem com juros em alta no Brasil?

5. Dados do mercado de trabalho no Brasil

O mercado conhece hoje dados do mercado de trabalho brasileiro. O aumento da massa salarial tem sido monitorado de perto por economistas, diante dos seus impactos na inflação ao consumidor. Uma economia mais forte e um mercado de trabalho mais robusto têm sido apontados como fatores de continuidade na pressão inflacionária.

Nesta sexta, será divulgada a taxa de desemprego brasileira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consenso espera uma desocupação de 6,7% em agosto. O Ministério do Trabalho e Emprego também apresenta em coletiva de imprensa hoje dados de geração de vagas formais de trabalho no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A expectativa é de 230,00 mil vagas em agosto.

Às 7h59 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,27% no pré-mercado.

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