BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Investing.com – Os índices futuros das bolsas dos EUA registravam queda nesta terça-feira, com investidores monitorando a continuidade dos confrontos no Oriente Médio. Persistem expectativas de uma trégua na troca de ataques aéreos entre Israel e Irã, enquanto a Casa Branca avalia a possibilidade de iniciar conversas com Teerã, segundo a imprensa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou a cúpula do G7 no Canadá, mas afirmou que sua saída "não tem relação" com um eventual cessar-fogo.
No Brasil, a Câmara dos Deputados aprova urgência para votar um projeto de lei que anula o decreto do governo federal sobre aumento de alíquotas sobre operações financeiras (IOF).
1. Futuros em queda em Wall Street
Os índices futuros das ações norte-americanas operavam no vermelho antes da abertura das bolsas nesta terça-feira, enquanto investidores acompanhavam o quinto dia de confrontos entre Irã e Israel, aguardavam os dados de vendas no varejo e digeriam a decisão do Banco do Japão de ajustar o ritmo de aperto monetário.
Às 8 h de Brasília, o Dow Jones cedia 330 pontos, ou 0,8%, enquanto o S&P 500 recuava 44 pontos, ou 0,7%, e o Nasdaq 100 perdia 157 pontos, ou 0,7%, no mercado futuro.
Na véspera, os principais índices de Wall Street encerraram o pregão em alta, em meio à leitura de que os danos provocados pela ofensiva aérea entre Israel e Irã poderiam não se intensificar ainda mais.
Durante a cúpula do G7 no Canadá, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou a possibilidade de novos acordos comerciais envolvendo o país. Embora tenha mantido críticas ao Canadá, um parceiro estratégico e grande exportador de aço e alumínio para os EUA, Trump afirmou que negociações bilaterais poderiam avançar nos próximos 30 dias. O premiê canadense, Mark Carney, disse que há margem para um novo pacto econômico e de segurança com Washington.
Trump também assinou um acordo com o Reino Unido para reduzir algumas tarifas de importação. Apesar disso, as taxas sobre aço e alumínio continuam sendo motivo de atrito entre os dois países.
2. Israel afirma ter conduzido ofensiva aérea em território iraniano
O exército de Israel afirmou nesta terça-feira ter realizado "vários ataques extensivos" contra instalações militares no oeste do Irã, atingindo depósitos de mísseis e áreas de lançamento.
Segundo a Força Aérea israelense, um general iraniano de alta patente foi morto em Teerã durante a operação. O governo iraniano ainda não confirmou a informação.
De acordo com o site Axios, autoridades americanas estariam negociando com representantes do Irã a possibilidade de um encontro ainda nesta semana para discutir um novo pacto nuclear e uma eventual trégua no conflito com Israel. Fontes citadas pela reportagem afirmam que o enviado dos EUA, Steve Witkoff, e o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, podem participar da rodada de conversas.
Embora o encontro ainda não tenha sido formalizado, ele sinalizaria uma tentativa da Casa Branca de restabelecer o diálogo e reduzir as tensões militares na região.
Veículos da imprensa também relataram que Teerã aceitaria participar das tratativas caso Israel suspendesse os bombardeios.
Trump tem adotado uma retórica dura sobre o Irã. Em declarações recentes, pediu a evacuação de civis da capital iraniana e criticou o país por rejeitar propostas anteriores de acordo nuclear. O presidente norte-americano reafirmou que Teerã não poderá enriquecer urânio, apesar das alegações iranianas de que não pretende desenvolver armamento nuclear.
Os preços do petróleo avançaram levemente nesta terça-feira, após a forte oscilação registrada na semana anterior com o início dos ataques israelenses. Já o ouro, tradicional ativo de proteção em cenários de instabilidade geopolítica, operava estável.
3. Trump antecipa saída do G7
O presidente Trump deixou antecipadamente a reunião do G7 no Canadá, em meio à escalada de tensão no Oriente Médio. Ele negou que a decisão estivesse relacionada às negociações por um possível cessar-fogo.
Segundo o presidente francês Emmanuel Macron, Trump havia informado os demais líderes que tratativas estavam em andamento para encerrar os combates.
Em publicação nas redes sociais, o presidente americano escreveu que sua partida "não tinha nada a ver com um Cessar-fogo", e mencionou um assunto "muito maior", sem fornecer mais detalhes.
Antes de sua saída, os países do G7 divulgaram um comunicado conjunto pedindo o fim das hostilidades. O texto expressava apoio a Israel e atribuía ao Irã a responsabilidade pela instabilidade na região.
4. Mercado aguarda vendas no varejo nos EUA
Os números de vendas no varejo nos Estados Unidos são o principal destaque da agenda econômica desta terça-feira. Investidores buscam sinais sobre o impacto da política comercial de Trump na disposição dos consumidores.
A expectativa é de queda de 0,5% nas vendas em maio, após uma leve alta de 0,1% em abril.
Apesar da postura agressiva do governo americano em relação às tarifas, a confiança do consumidor nos EUA subiu em junho, pela primeira vez em seis meses, segundo pesquisa da Universidade de Michigan. O avanço foi atribuído à percepção de que poderia haver algum alívio nas tensões comerciais com a China.
Analistas alertam, contudo, que a escalada dos conflitos no Oriente Médio pode afetar o humor do mercado e elevar os preços do petróleo de forma persistente, o que, por sua vez, pode comprometer a recuperação do sentimento do consumidor.
5. Câmara aprova urgência para derrubar decreto sobre IOF
A Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 346 votos a 97, o regime de urgência para o projeto de lei que visa revogar o decreto do governo federal que elevou as alíquotas do IOF, em uma derrota política para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que articulou a medida para reforçar a arrecadação e evitar cortes no Orçamento de 2025.
A votação ocorreu apesar das tentativas de ministros e líderes governistas de barrar o avanço da proposta, interpretada como forma de pressão do Congresso diante do desgaste com a demora na liberação de emendas.
Com o recesso informal de São João se aproximando, o governo terá cerca de duas semanas para tentar reverter o cenário e evitar um impacto fiscal estimado entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões.
Se o decreto for derrubado, o Planalto pode ter de recorrer a medidas como o contingenciamento de emendas ou uso de dividendos de estatais para compensar a perda de receita. Segundo o Poder360, uma das possibilidades seria justamente compensar essas perdas usando reservas de dividendos da Petrobras (BVMF:PETR4) (R$ 10,3 bilhões), do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (R$ 2,5 bilhões) e do BNDES (R$ 16,1 bilhões).