Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 7 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Petróleo dos EUA passa de US$ 70 pela primeira vez desde 2014
A cotação do petróleo começou a semana em um clima de otimismo, alcançando seu nível mais forte em quase quatro anos, já que investidores aumentavam suas apostas de que os EUA irão se retirar do acordo nuclear do Irã, aumentando o potencial de redução dos estoques globais da commodity.
A administração Trump tem até 12 de maio para decidir se vai retirar os Estados Unidos do acordo internacional de 2015 para conter o programa nuclear iraniano e se vai restaurar as sanções contra um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Se as sanções forem restabelecidas, isso poderá contribuir para reduzir os estoques mundiais de petróleo, já que isso provavelmente resultaria em uma diminuição das exportações de petróleo de Teerã.
Preocupações com o aprofundamento da crise econômica na Venezuela, que ameaçava o fornecimento de petróleo do país, que já está menor, foi outro fator que sustentou os preços.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, atingiram o pico intradiário de US$ 70,69, quebrando a marca de US$ 70 pela primeira vez desde novembro de 2014. Eram negociados a US$ 70,47, alta de US$ 0,75 ou cerca de 1,1%.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançavam US$ 0,69 ou 0,9%, para US$ 75,56 o barril, valor mais alto desde novembro de 2014.
2. Mercado futuro dos EUA aponta para abertura positiva
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura positiva, uma vez que o impulso obtido com o setor de tecnologia de sexta-feira parecia se manter.
O índice blue chip futuros do Dow ganhava 60 pontos, ou cerca de 0,3%, os futuros do S&P 500 avançavam 8 pontos, ou quase 0,3%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 42 pontos ou cerca de 0,6%.
As bolsas norte-americanas estavam em alta na sexta-feira, já que as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) atingiram o pico de todos os tempos, o que fez o setor de tecnologia subir. Os números positivos na sexta-feira, no entanto, não foram suficientes para compensar as perdas semanais do Dow e do S&P 500, ambos em queda em torno de 0,2%.
Cerca de 40 empresas constituintes do S&P 500 deverão divulgar seus resultados financeiros nesta semana, na que será a última grande onda da temporada de resultados do primeiro trimestre.
NVIDIA (NASDAQ:NVDA), Disney (NYSE:DIS), Groupon (NASDAQ:GRPN), Roku (NASDAQ:ROKU), Office Depot (NASDAQ:ODP), Marriott (NASDAQ:MAR), Electronic Arts (NASDAQ:EA), Wendy's (NASDAQ:WEN), Etsy (NASDAQ:ETSY), Weibo (NASDAQ:WB), SINA (NASDAQ:SINA), JD.com (NASDAQ:JD), e A-B Inbev (NYSE:BUD) estão entre alguns dos nomes que apresentarão seus números nesta semana.
Já na Europa, as principais bolsas do continente registravam leves ganhos, já que empresas apresentavam fortes números em seus balanços, ao passo que os mercados no Reino Unido estavam fechados devido a um feriado, reduzindo a atividade.
Mais cedo, na Ásia, mercados na região fecharam majoritariamente em alta, acompanhando o rali das bolsas dos EUA na sexta-feira devido a um sólido relatório de empregos de abril.
3. Dólar permanece próximo à máxima de 2018
O dólar norte-americano avançava frente a uma cesta de moedas, permanecendo próximo ao pico de 2018 após dados de empregos e salários dos EUA terem feito pouco para moderar as percepções de força na economia dos EUA.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava cerca de 0,2% para 92,61, não muito distante de 92,75, máxima de sexta-feira que foi seu nível mais forte desde o final de dezembro.
O dólar era negociado a 109,35 contra o iene, próximo de 110,05, máxima de três meses atingida na semana passada.
Além disso, o euro trocava de mãos a 1,1928, próximo de 1,1910, mínima de quatro meses atingida na sexta-feira, ao passo que a libra esterlina britânica era negociada a 1,3540, ainda próxima de 1,3487, mínima de quatro meses atingida na semana passada.
A demanda pelo dólar continuava a se sustentar devido a apostas de que o Federal Reserve continuará elevando as taxas, enquanto outros bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra, agirão mais lentamente, já que dados econômicos recentes sugerem um momento de esfriamento.
4. Atenção a discursos do Fed na busca de indicações sobre aumento de juros
Os mercados estarão muito atentos aos comentários de vários integrantes do Fed hoje na busca de suas opiniões sobre as tendências de inflação, já que os investidores estão atentos a indicações sobre o ritmo dos futuros aumentos de juros este ano.
Raphael Bostic, chefe do Fed de Atlanta, irá realizar comentários de abertura na 23ª Conferência Anual dos Mercados Financeiros do Federal Reserve Bank de Atlanta na Flórida às 09h25.
Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond, deverá realizar um discurso na Universidade George Mason no estado da Virgínia às 15h00.
Robert Kaplan, dirigente do Fed de Dallas e Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, irão participar de um painel de discussões na Conferência de Mercados Financeiros do Fed de Atlanta às 16h00.
O Fed manteve as taxas de juros inalteradas após sua reunião de política na semana passada, um movimento que era amplamente esperado, e observou que a inflação estava começando a subir, deixando o caminho para aumentar os custos de crédito em junho.
O banco central norte-americano atualmente prevê mais dois aumentos de taxa em 2018, embora as expectativas de mercado de um terceiro movimento, antes do final do ano, ganharam força nas últimas semanas em meio ao fortalecimento das perspectivas de inflação.
5. Retomada de negociações do NAFTA
Ministros dos Estados Unidos, Canadá e México se reunirão novamente em Washington nesta segunda-feira para começar o que os funcionários do governo e líderes da indústria esperam ser a etapa final das negociações sobre o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês).
As discussões irão se centrar nas regras de origem que regulam qual porcentagem de carros precisa ser construída na região do NAFTA para evitar tarifas, no mecanismo de resolução de disputas e nas exigências dos Estados Unidos de uma cláusula de caducidade que poderia automaticamente acabar com o acordo comercial depois de cinco anos.
Fontes próximas às negociações sugeriram que há uma sensação de incerteza e pessimismo na nova rodada por causa do impasse nas questões mais críticas.