Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 3 de setembro, sobre os mercados financeiros internacionais:
1. Wall Street deve abrir em baixa após feriado
As bolsas de valores dos EUA devem reabrir em baixa após o fim de semana prolongado do Dia do Trabalho, durante o qual novas tarifas de importação dos EUA e da China entraram em vigor e a China apresentou uma queixa formal sobre as tarifas dos EUA na Organização Mundial do Comércio.
Os relatos sugerem que os dois lados não concordaram em uma data para retomar as negociações no fim de semana.
A taxa oficial do iuan chinês continua a enfraquecer, enquanto o índice dólar, que acompanha a força da moeda norte-americana contra uma cesta de moedas do mercado desenvolvido, atingiu o maior nível desde abril de 2017, um desenvolvimento que ameaça encolher os ganhos internacionais de empresas americanas.
Às 08h34, o S&P 500 futuros tinha queda de 0,67%, enquanto os futuros do Dow indicavam baixa de 0,74% e o Nasdaq 100 futuros apresentava queda de 0,69%.
O clima geral de risco ainda é claro no mercado de títulos, no qual a Treasury de 30 anos continua a render menos de 2%, enquanto o rendimento de referência, o título de 10 anos ainda está sendo negociado abaixo do valor do de 2 anos. A agenda do dia tinha apresenta o discurso do falcão do Fed Eric Rosengren, cuja oposição a novos cortes nas taxas de juros já está registrada e uma mudança de postura seja altamente improvável.
2. Libra cai para mínima de 3 anos em meio à turbulência política
A libra caía abaixo de US$ 1,20 , alcançando o menor valor em três anos, depois que os parlamentares da oposição iniciaram uma ação para forçar o primeiro-ministro Boris Johnson a abandonar seus planos de tirar o Reino Unido da União Europeia a todo custo em 31 de outubro.
A oposição, liderada pelo Partido Trabalhista de esquerda, tentará aprovar uma moção processual ainda nesta terça-feira, assumindo o controle da agenda diária do governo. Se for aprovada, isso poderá levar a uma votação forçando o governo a solicitar outra extensão de três meses ao prazo do Brexit da UE.
Johnson disse na segunda-feira que veria tal medida como um voto de desconfiança e convocaria uma eleição (analistas sugerem que isso acontecerá em 14 de outubro, duas semanas antes do dia do Brexit, que está programado para 31 de outubro).
3. PMIs serão divulgados em dia leve para os dados econômicos
O dia leve para indicadores econômicos deve ser dominado pela pesquisa industrial do ISM da economia americana, com lançamento previsto para às 11h.
A leitura de 51,2 no mês passado foi a mais baixa desde a eleição do presidente Donald Trump em 2016. Os analistas esperam que ela desça para 51,1, ainda um pouco acima do nível 50 que separa crescimento de contração.
O índice PMI do IHS Markit para os EUA, que já sugeria no mês passado que o setor estava em recessão, sai 15 minutos antes.
4. Arábia Saudita substitui Al Falih como presidente da Aramco
A Arábia Saudita dispensou o ministro da Energia Khalid al-Falih de seus deveres como presidente da Saudi Aramco, substituindo-o pelo chefe do fundo soberano do país. A remoção de um ministro que serviu como presidente parece ter como objetivo facilitar a oferta pública inicial da Aramco, que foi arquivada no ano passado devido a preocupações sobre a governança da empresa, vinda de potenciais investidores ocidentais.
Relatórios sugeriram que o plano de IPO revivido do Reino gira em torno de uma listagem doméstica inicial, a ser seguida por uma listagem internacional em Tóquio.
5. Petróleo cai enquanto furacão Dorian se dirige para a costa leste dos EUA
Os preços do petróleo caíam, junto com o clima mais amplo de risco em outros lugares. Na segunda-feira, a Bloomberg informou que os membros da Opep aumentaram sua produção de petróleo pela primeira vez este ano em agosto, lançando uma sombra de dúvida sobre as restrições de produção autoimpostas pelo bloco (dados oficiais russos na semana passada também mostraram um aumento na produção para agosto).
Referência de preço nos EUA, o WTI caía 1,8%, para 54,11 dólares por barril, enquanto a referência internacional Brent caía 1,5%, para 57,78 dólares.
Na sexta-feira, a contagem de plataformas de petróleo da Baker Hughes caía em mais 12 unidades, para 742, menor número desde novembro de 2017, apontando para o aumento da tensão nos produtores de shale. No entanto, embora a contagem de plataformas tenha atingido o pico há quase nove meses, a produção nos EUA ainda não começou a declinar.
Enquanto isso, o furacão Dorian, que ameaçou brevemente o Golfo do México na semana passada, deve se mover para o norte, atingindo a costa nordeste da Flórida, junto com a Geórgia e a Carolina do Sul, de acordo com o National Hurricane Center.