BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil sobem hoje?
O Ministério das Cidades vai editar nesta 6ª feira (30.ago.2024) a portaria que regulamenta os investimentos em concessões de saneamento para permitir que as empresas possam usar até 70% de sua captação com debêntures incentivadas no pagamento de outorgas de concessão. Até o momento, o limite é de 50%.
O entendimento do governo, compartilhado por companhias do setor, é de que o patamar atual é baixo e impede um número maior de participantes nos leilões de concessão. A informação é do jornal Folha de São Paulo e foi confirmada pelo Poder360.
A ideia do governo federal é aumentar a atratividade das concessões de saneamento para acelerar os investimentos no setor e cumprir as metas de universalização do serviço. O Executivo não quer que novos leilões sejam cancelados por falta de interessados, como foi o caso do certame do Piauí. O leilão estava marcado para 14 de agosto, mas foi adiado por não ter tido qualquer proposta. A projeção era de R$ 8,6 bilhões de investimentos.
O aceno do Ministério das Cidades já surtiu efeito e companhias já manifestaram interesse no leilão de Sergipe, marcado para 4 de setembro.
Quando houve o anúncio de que o governo limitaria o uso das debêntures, entidades já alertavam que a medida afastaria interessados nos leilões, pois as empresas teriam que fazer o pagamento das outorgas com capital próprio.
O QUE SÃO DEBÊNTURES
Debêntures são títulos de crédito de longo prazo emitidos por empresas. Trata-se de uma forma de tentar captar dinheiro no mercado pagando um juro menor do que o oferecido pelos bancos. Os compradores de debêntures acreditam no potencial das empresas e na promessa de pagamento de juros e do valor total do papel depois de determinado período.
As debêntures incentivadas dão benefícios ao comprador dos títulos a partir da isenção de IR (Imposto de Renda) sobre os lucros obtidos na operação.