Após considerar que a classe política tem feito muito barulho sobre as manobras no regime fiscal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta terça-feira, 7, que o governo não está dando o calote ao adiar o pagamento dos precatórios.
Durante participação em fórum da consultoria Eurasia, Guedes sustentou que a medida, prevista na PEC dos precatórios, visa colocar as despesas com sentenças judiciais dentro do teto dos gastos, que também foi elevado na emenda constitucional.
"Apenas sincronizamos o teto com o gasto", afirmou Guedes, acrescentando que preferia pedir um waiver licença para gastar do que mexer no teto. Ele repetiu, porém, que a flexibilização do teto, ao abrir espaço no orçamento a mais gastos no ano que vem, foi uma movimento politicamente oportunista.
O ministro afirmou ainda que, o setor público, que inclui as estatais, governos estaduais e prefeituras, voltou a ter superávit fiscal após oito anos de déficits, em razão do veto a reajustes de servidores públicos.