BBAS3: Banco do Brasil sobe antes do balanço; hora da virada ou ajuste técnico?
Investing.com - O Brasil poderia se beneficiar de tarifas comerciais nos Estados Unidos por meio do aumento das exportações para a China, mas os impactos negativos viriam com o aumento da inflação, segundo o banco Morgan Stanley (NYSE:MS), que divulgou relatório aos clientes e ao mercado sobre o tema.
O Morgan enxerga impacto limitado no crescimento da atividade econômica, mesmo com potencial avanço das exportações. Os analistas Fernando Sedano, Ana Madeira, Thiago Machado, Nicolas Eterovic, Cristina Arbelaez, Teo Lotito lembram que, quando tarifas foram adotadas nos EUA em 2017, a China redirecionou as suas importações dos EUA para o Brasil.
Isso, segundo os especialistas, teria resultado em um acréscimo das vendas externas do Brasil para a China, passando de 19,6% do total das exportações em 2016 para 28% em 2018.
“Notavelmente, as exportações de soja do Brasil para a China (um dos principais itens exportados) aumentaram 12,8 bilhões de dólares entre 2016 e 2018, enquanto as exportações de soja dos EUA para a China caíram 11,1 bilhões de dólares no mesmo período”, destaca o Morgan Stanley, que enxerga espaço adicional para elevação nas exportações de soja brasileiras.
Por outro lado, o banco cita dois riscos: “i) o crescimento da China desacelera devido às tarifas dos EUA, reduzindo a demanda por exportações brasileiras e ii) a China faz um acordo comercial com os EUA para evitar uma implementação tarifária significativa que também poderia reduzir a demanda por exportações brasileiras”.
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Pressões inflacionárias são destaque
O impacto negativo das tarifas dos EUA para o Brasil seria o aumento da inflação, superando eventuais benefícios relacionados ao comércio exterior.
Com a expectativa de um dólar mais forte a nível global, aliado aos ruídos fiscais, a desvalorização da moeda brasileira frente à americana levaria a uma maior pressão inflacionária, na opinião do MS.
“As métricas fiscais do Brasil são piores em comparação com os seus pares (dívida bruta/PIB e saldo fiscal nominal), o que torna a moeda mais volátil, especialmente num cenário de risco negativo”.
O Morgan recorda estimativas do Banco Central, que projeta que a cada 10% de desvalorização do real frente ao dólar, a inflação aumentaria 96 pontos base em 12 meses.
“Por outro lado, se as tarifas dos EUA conduzirem a um abrandamento do crescimento global, as pressões inflacionistas do dólar forte poderão ser parcialmente compensadas, uma vez que as exportações do Brasil diminuiriam, aumentando a oferta interna e reduzindo as pressões sobre os preços”, ponderam.
Impactos das tarifas na América Latina
As medidas tarifárias dos Estados Unidos devem levar a uma inflação mais elevada e a um menor crescimento nas economias da América Latina, segundo o Morgan Stanley. Conforme o relatório, o banco acredita que o México seria o país mais afetado, diante da exposição elevada à economia americana, enquanto Brasil e a Argentina teriam um impacto mais limitado.
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