Por Noah Browning
LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Rússia deve cair 1,4 milhão de barris por dia (bpd) no próximo ano, depois que uma proibição da União Europeia às exportações marítimas de petróleo russo entrar em vigor, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta terça-feira.
A medida para privar Moscou de gerar receita criará mais incerteza para os mercados de petróleo e aumentará a pressão sobre os preços, incluindo o diesel, disse a agência de energia com sede em Paris em seu relatório mensal sobre o petróleo.
“Os iminentes embargos da UE às importações de petróleo e derivados da Rússia e a proibição dos serviços marítimos aumentarão ainda mais a pressão sobre o balanço global de petróleo e, em particular, sobre os mercados de diesel já excepcionalmente apertados”, disse a IEA.
A UE banirá as importações de petróleo russo a partir de 5 de dezembro e derivados de petróleo da Rússia a partir de 5 de fevereiro, privando a Rússia das receitas do petróleo e forçando um dos maiores produtores e exportadores de óleo do mundo a buscar mercados alternativos.
Além disso, um plano do G7, destinado a complementar o embargo da UE, permitirá que os prestadores de serviços de transporte marítimo ajudem a exportar petróleo russo, mas apenas a preços baixos. A ação também entrará em vigor em 5 de dezembro.
Isso significa que a UE precisará substituir 1 milhão de bpd de petróleo e 1,1 milhão de bpd de derivados do petróleo, com um diesel especialmente escasso e caro, a preços 70% mais altos do que no ano passado, ajudando a alimentar a inflação global, disse a IEA.
(Reportagem de Noah Browning)