SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou nesta quarta-feira que os recursos para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida vão se esgotar em junho e a continuidade dependerá de aportes.
Segundo a Agência Câmara, o ministro fez o comentário durante audiência conjunta na Câmara dos Deputados. "Nós só temos recursos orçamentários para seguir até outubro. Mas com o contingenciamento só chegaremos até junho. A partir de junho, se não houver ampliação do nosso limite, não teremos como executar", disse o ministro, de acordo com a agência.
As ações da MRV (SA:MRVE3), maior construtora de imóveis econômicos do país, despencavam 3,12 por cento às 13h29, entre as principais baixas do Ibovespa (BVSP), que recuava 1,3 por cento no horário. Os papéis de outras construtoras também recuavam, com Tenda (SA:TEND3) caindo 0,5 por cento, Direcional (SA:DIRR3) perdendo 2 por cento, Eztec (SA:EZTC3) em baixa de 1,6 por cento e Cyrela (SA:CYRE3) com oscilação negativa de 0,06 por cento.
Canuto afirmou durante a audiência que já houve um aporte de 800 milhões de reais para abril, maio e junho. "Foi uma liberação adicional para garantir a execução regular do programa até junho. O aporte permitirá pagar as dívidas. A partir de julho, vai depender muito desta Casa", declarou o ministro.
(Por Alberto Alerigi Jr.)