Dólar fecha estável no Brasil com mercado atento à disputa tarifária

Publicado 24.07.2025, 17:11
Atualizado 24.07.2025, 17:40
© Reuters. Trader mostra notas de dólar n03/12/2018nREUTERS/Akhtar Soomro

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Em uma sessão de pouca volatilidade e liquidez limitada, o dólar fechou a quinta-feira praticamente estável ante o real, com investidores evitando alterar posições antes que haja clareza sobre a cobrança de tarifa pelos EUA sobre os produtos brasileiros e sobre a resposta a ser dada pelo Brasil.

O dólar à vista fechou com leve baixa de 0,05%, aos R$ 5,5211, no menor valor de fechamento desde os R$5,5036 de 9 de julho -- dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% para os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. No ano, a divisa acumula baixa de 10,65%.

Às 17h19 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,08%, aos R$5,5270.

O dólar oscilou em margens estreitas durante todo o dia, com os agentes à espera de novidades que pudessem justificar mudanças de posições. Mas pelo menos no embate comercial entre EUA e Brasil não houve avanços visíveis.

Durante a tarde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em evento em Minas Gerais, que o Brasil está pronto para negociar com os EUA sobre a tarifa de 50%, caso o presidente norte-americano, Donald Trump, queira conversar.

“Ele (Trump) não quer conversar. Se ele quisesse conversar, ele pegava o telefone e me ligava”, disse Lula, indicando em seu discurso que pode elevar a aposta caso Trump esteja blefando. “Eu não sou mineiro, mas eu sou bom de truco. E se ele estiver trucando, ele vai tomar um 6", disse, em referência ao jogo de cartas.

Sobre a possibilidade de reação do Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou em entrevista que um plano de contingência, com uma série de medidas, será apresentado a Lula na próxima semana. Segundo Haddad, mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas pela tarifa de Trump.

Sem novidades na relação Brasil-EUA, o dólar oscilou em margens estreitas: após marcar a máxima de R$5,5406 (+0,30%) às 9h55, a moeda norte-americana à vista atingiu a mínima de R$5,5126 (-0,20%) às 16h46, já na reta final do dia. Da máxima para a mínima a variação foi de apenas 3 centavos de real.

No exterior, no fim da tarde o dólar subia ante seus pares fortes, mas tinha movimentos mistos ante as demais divisas, com os investidores também aguardando novidades sobre as negociações comerciais dos EUA com seus parceiros. Após ter fechado acordo com o Japão, os EUA caminham para um entendimento com a União Europeia.

Às 17h18, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,24%, a 97,431.

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