Ação da Embraer sobe forte com pedido firme feito pela Latam
Investing.com – O dólar registrava leve alta nesta sexta-feira contra as principais moedas, apoiado por indicadores favoráveis sobre o mercado de trabalho norte-americano. O iene japonês também ganhou fôlego, após a reunião do Banco do Japão, que teve tom mais restritivo do que o esperado.
Às 7 h de Brasília, o Índice do Dólar, que acompanha o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,2%, negociado a 97,175, após ter recuado no início da semana ao menor patamar desde fevereiro de 2022.
Dados de auxílio-desemprego dão suporte ao dólar
A moeda americana reagiu na véspera a números que mostraram queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, revertendo a alta registrada na semana anterior.
Os pedidos iniciais recuaram em 33 mil, totalizando 231 mil na semana encerrada em 13 de setembro, com ajuste sazonal. Na semana anterior, haviam saltado para 264 mil, nível não visto desde outubro de 2021.
“Foi uma notícia rara e favorável para o mercado de trabalho, o que reforça temporariamente a demanda pelo dólar”, escreveram analistas do ING em nota.
Esse cenário contribuiu para a recuperação da moeda após o Federal Reserve reduzir a taxa de juros na quarta-feira, pela primeira vez no ano, e sinalizar a possibilidade de mais dois cortes até o fim de 2024.
O ING, contudo, avaliou que “o dólar segue negociado em patamar elevado após a reunião do Fed e deve apresentar alguma correção nos próximos dias. Juros mais baixos tendem a sustentar a demanda por proteção no USD, mas limitam movimentos de valorização mais amplos”.
Além disso, os agentes de câmbio acompanham o ambiente político nos EUA, já que a Suprema Corte agendou para 5 de novembro a análise da legalidade das tarifas globais implementadas por Trump.
O presidente também voltou a criticar o Fed por não reduzir os juros de forma mais rápida e agressiva, o que aumenta as preocupações sobre a autonomia da autoridade monetária.
Na quinta-feira, o governo Trump solicitou à Suprema Corte que autorize a demissão da governadora do Fed Lisa Cook, um movimento sem precedentes.
Libra cai após dados de crédito no Reino Unido
Na Europa, o par GBP/USD recuava 0,5%, cotado a 1,3490, após a divulgação de que os empréstimos britânicos superaram as estimativas oficiais que dão suporte à estratégia fiscal do governo.
Na véspera, o Banco da Inglaterra manteve a taxa básica inalterada e reduziu o ritmo de seu programa de venda de títulos públicos.
Já o EUR/USD caía 0,1%, a 1,1773, devolvendo parte dos ganhos, em meio à turbulência política na França. Centenas de milhares participaram de protestos contra medidas de austeridade, pedindo ao novo primeiro-ministro, Sebastien Lecornu, que abandone cortes de gastos programados.
“As recentes notícias políticas não são animadoras. O primeiro-ministro enfrenta forte resistência sindical aos seus planos fiscais, enquanto as conversas com os Socialistas – vistos como peça-chave para a aprovação do orçamento – ainda não avançaram de forma construtiva”, destacou o ING.
Iene se fortalece após reunião do Banco do Japão
O par USD/JPY caía 0,1%, a 147,88, com o iene se valorizando após o Banco do Japão manter a taxa em 0,5%, como esperado. Dois dos nove membros do conselho, entretanto, defenderam alta de 25 pontos-base.
A instituição também anunciou planos para iniciar a venda de suas amplas posições em fundos negociados em bolsa e fundos imobiliários.
O movimento foi interpretado como hawkish, já que o BoJ vinha sinalizando redução gradual do balanço desde o início de 2024, quando começou a reverter quase uma década de política monetária ultrafrouxa.
O USD/CNY seguia estável a 7,1122, com o iuane próximo da mínima de dez meses. Pequim informou que prepara novas medidas de estímulo voltadas a fortalecer o consumo privado, após dados de agosto mostrarem fraqueza econômica.
O AUD/USD recuava 0,1%, a 0,6606, após ter atingido máximas de dez meses, enquanto o NZD/USD cedia 0,2%, a 0,5874, prolongando a queda da véspera, quando registrou sua maior perda diária desde abril, em resposta aos fracos números do PIB do segundo trimestre.