Dólar recua ante real com pausa em rali externo e após Copom

Publicado 22.09.2022, 09:15
Atualizado 22.09.2022, 10:30
© Reuters. Notas de reais e dólares
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caía frente ao real nesta quinta-feira, acompanhando enfraquecimento da divisa norte-americana no exterior após forte disparada vista na véspera, enquanto investidores também reagiam positivamente à pausa no ciclo de aperto monetário do Banco Central do Brasil.

Às 10:18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,33%, a 5,1568 reais na venda.

Embora seguisse no vermelho, a moeda norte-americana operava bem acima do menor nível do dia, quando caiu 1,01%, a 5,1218 reais. O dólar recuperou algum fôlego após dados mostrarem que os pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos subiram menos do que o esperado na semana passada.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:18 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,32%, a 5,1670 reais.

Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos, disse à Reuters que boa parte da baixa da divisa norte-americana nesta sessão era reflexo de movimento de "correção" de um índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, que perdia 0,5% nesta manhã.

Na véspera, o índice disparou a seu maior patamar em duas décadas, impulsionado pela decisão do banco central dos Estados Unidos de aumentar sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, aperto monetário que foi acompanhado de fortes revisões para cima nas projeções do Federal Reserve para o nível dos custos dos empréstimos neste ano e no próximo.

Após uma reação inicial muito negativa dos mercados financeiros globais, investidores pausavam as vendas de ativos arriscados nesta quinta, conforme digeriam o comunicado de política monetária do Fed --que, embora agressivo, não se desviou muito do que já era precificado por operadores.

Enquanto isso, no Brasil, o Banco Central decidiu na véspera manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo o agressivo ciclo de aperto monetário, mas ponderou que não hesitará em retomar as altas nos juros se a redução da inflação não transcorrer como o esperado.

Carvalho disse achar "prudente" a cautela do BC de não dar como definitivamente encerrado o ciclo de alta da Selic, já que o ambiente internacional se mostra cada vez mais adverso conforme os principais bancos centrais do mundo aumentam suas próprias taxas de juros.

No geral, ele acredita que os mercados reagiram positivamente ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), com empresas varejistas listadas no Ibovespa se beneficiando da interrupção no aumento da Selic, e o ingresso de recursos na bolsa paulista --que exige a compra de reais por parte de agentes estrangeiros-- fornecendo apoio ao mercado de câmbio local.

Investidores também apontavam alta nos preços de produtos como petróleo e minério de ferro como fatores de apoio a moedas de países emergentes ou sensíveis às commodities nesta quinta-feira. Pares importantes do real, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano avançavam contra a divisa dos EUA no dia.

Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,39%, a 5,1739 reais.

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