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Dólar tem maior queda desde fim de julho ante real com ajuste e apoio de Meirelles a Lula

Publicado 19.09.2022, 17:10
© Reuters. Cambista conta notas de 100 dólares em Ankara, Turquia
11/11/2021
REUTERS/Cagla Gurdogan
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caiu ao ritmo mais acentuado desde o fim de julho ante o real nesta segunda-feira, penalizado por combinação de ajuste de posições e alívio de temores sobre descontrole fiscal em eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora a aproximação da decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos tenha continuado como motivo de preocupação para investidores.

A moeda norte-americana à vista caiu 1,79%, a 5,1667 reais, sua maior desvalorização percentual diária desde 27 de julho (-1,915%) e menor nível para encerramento desde o último dia 12 (5,0983 reais).

Na mínima do dia, o dólar caiu 2,25%, a 5,1424 reais. O real passou boa parte deste pregão com o melhor desempenho entre uma cesta das principais moedas do mundo.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,75%, a 5,1795 reais.

O tombo do dólar veio depois de a moeda ter fechado a última sessão numa máxima desde o início de agosto, a 5,2609 reais, saltando mais de 2% no acumulado da semana passada. Segundo analistas, são normais, após movimentos muito acentuados do dólar, ajustes no sentido oposto.

Alguns especialistas também citaram a declaração de apoio de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda do governo de Michel Temer, à candidatura de Lula à Presidência da República como impulso para os ativos domésticos nesta segunda-feira. O Ibovespa fechou em alta de mais de 2%.

Larissa Brito, planejadora financeira da Planejar, disse que eventual participação de Meirelles, um liberal, na pasta econômica do governo Lula aliviaria temores sobre uma administração fiscalmente danosa ao longo dos próximos anos caso o petista vença as eleições.

LEIA MAIS: Meirelles anuncia apoio a Lula, que faz ato com oito ex-candidatos a presidente

Lula, que tem liderado as pesquisas de intenção de voto, já afirmou diversas vezes que não manteria a regra do teto de gastos --importante âncora fiscal-- se eleito.

Mais do que isso, "o mercado precisa de uma direção para saber o que um novo governo --seja de Lula ou uma reeleição do (atual presidente Jair) Bolsonaro-- vai fazer", de forma que a aproximação de Lula e Meirelles ajuda oferecer clareza sobre possíveis desfechos da eleição.

Apesar da queda do dólar nesta sessão, a tendência é que a moeda suba ao longo dos próximos dias, que devem ser muito voláteis, conforme a data da eleição se aproxima, avaliou Brito.

O cenário externo também representa desafios para o mercado de câmbio local, conforme investidores se preparam para a reunião de política monetária desta semana do banco central norte-americano, que começará na terça e se encerrará na quarta. O Federal Reserve deve subir sua taxa de juros em, pelo menos, 0,75 ponto percentual, com algumas chances de ajuste ainda mais agressivo, de 1 ponto completo.

"O cenário internacional continua desafiador para os mercados emergentes, devido à persistência da inflação nos mercados desenvolvidos --desencadeando um aperto monetário mais rápido nesses mercados, em especial pelo Fed-- e a um dólar forte frente às moedas de mercados desenvolvidos e alguns mercados emergentes", avaliou o Credit Suisse (SIX:CSGN) em relatório desta segunda-feira, citando o real como uma das moedas que têm ficado sob pressão de juros mais altos no exterior.

© Reuters. Cambista conta notas de 100 dólares em Ankara, Turquia
11/11/2021
REUTERS/Cagla Gurdogan

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz reunião nos próximos dois dias, assim como o Fed, e a maior parte dos mercados financeiros espera que a taxa Selic seja mantida no patamar atual de 13,75%. No entanto, há quem espere aumento residual dos juros a 14%, caso do banco suíço.

Embora tenha cambaleado nos últimos dias, o real é destacado por várias instituições financeiras como uma moeda que tem se saído melhor entre os mercados emergentes por oferecer retornos atraentes para estratégias de "carry trade" --que consistem na tomada de empréstimo em um país de juro baixo e aplicação desse dinheiro numa praça mais rentável-- devido ao nível elevado da Selic.

(Por Luana Maria Benedito; edição de José de Castro)

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