O dólar subia nesta terça-feira, 17, levando o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante principais pares, a interromper a sequência de três quedas seguidas, em meio ao posicionamento para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, 18. A probabilidade de corte de 50 pontos-base da taxa básica seguia como o desfecho mais provável, ainda que incertezas permeiem os negócios diante do mandato do BC americano de preservar um mercado de trabalho sólido com inflação em rota de convergência para a meta.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou com alta de 0,13%, a 100,894 pontos. O dólar se apreciava a 142,23 ienes. O euro recuava a US$ 1,1115, enquanto a libra cedia a US$ 1,3162.
Perto das 17h, o mercado atribuía uma probabilidade de 65% de a taxa básica nos EUA ser reduzida em 50 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch.
"Apesar da desaceleração do mercado de trabalho, (o quadro) continua apertado. Mas o mais importante é a inflação e, quando se olha os núcleos, há sinais de se estabiliza acima da meta do Banco Central americano", disse o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno, que acredita que o Fed deve iniciar o ciclo com alívio de 25 pontos-base.
Nas trocas com o iene, o dólar conseguia se recuperar. O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, afirmou que o governo continuará a avaliar o impacto do fortalecimento do iene na economia e tomará as medidas necessárias, segundo a Reuters.
A libra cedia diante da ampliação da aposta em corte da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na quinta-feira. A probabilidade subiu a 40%, de acordo com o Financial Times. A libra esterlina deverá continuar a ser uma moeda preferida entre os investidores, mesmo que o BoE sinalize perspectivas de cortes mais agressivos, afirmam analistas do Bank of America (NYSE:BAC).
O euro também cedia, ainda que mostrasse um recuo mais brando diante de sinais de dirigentes do BCE de que a probabilidade de um corte de juros em outubro é muito pequena.