Moedas Globais: dólar tem forte queda, sem medidas tarifárias mais duras na posse de Trump

Publicado 20.01.2025, 15:27
Atualizado 20.01.2025, 18:40
© Reuters.  Moedas Globais: dólar tem forte queda, sem medidas tarifárias mais duras na posse de Trump

O dólar recuou nesta segunda, 20, ante a maioria das moedas, em um dia marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ausência de maiores medidas concretas no campo das tarifas de importação sugeridas pelo republicano aliviou os temores de escalada de uma guerra comercial, e favoreceu especialmente os ativos de países mais ameaçados, como o México. Nesta semana, a agenda contará ainda com a decisão de juros do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), quando é esperada uma alta de juros pela autoridade.

No fim da tarde em Nova York, o dólar tinha queda a 155,63 ienes, o euro subia a US$ 1,0415 e a libra avançava a US$ 1,2326. O dólar tinha queda a 20,4861 pesos mexicanos. O índice DXY fechou em baixa de 1,20%, a 108,034 pontos.

A Capital Economics avalia que, diante das grandes posições líquidas compradas em dólar, uma liquidação como a de hoje é um risco se as tarifas não forem impostas rapidamente. "O dólar continua muito valorizado e quedas adicionais são plausíveis se as tarifas ficarem sob mais dúvidas", pontuou a consultoria, que ainda acredita que uma tarifa universal de 10% e uma tarifa de 60% sobre as importações da China serão impostas em algum momento no segundo trimestre de 2025. "Nesse cenário, achamos que a alta do dólar dará outro salto - diferente da última vez, quando a alta do dólar rapidamente desapareceu e o índice DXY encerrou 2017 com queda de cerca de 10%", observou a Capital Economics.

Sobre a decisão do BoJ, o Société Generale aponta que "se aprendemos alguma coisa com o BoJ ao longo dos anos, é que um aumento das taxas nunca é um negócio fechado até que o seja". Os comentários das autoridades e de um punhado de fontes, aumentaram a probabilidade para mais de 85%, um acordo fechado no jargão do mercado. "Mas o banco central estará atento aos EUA, do outro lado do Pacífico, em busca de quaisquer notícias de Washington que possam forçar o BoJ a adiar", comenta sobre a alta das taxas.

"Se as tarifas estiverem na agenda e os mercados entrarem em crise, o banco central poderá estar inclinado a adiar até março. Isto poderia desencadear um movimento do dólar de volta para 160 ienes e reacender a especulação de intervenção. O presidente Kazuo Ueda deve esperar que a nova presidência dos EUA não provoque quaisquer surpresas que perturbem os mercados financeiros", avalia o Société Generale.

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