Nações Unidas, 22 set (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, destacou nesta quinta-feira a responsabilidade do continente em relação às economias mais frágeis da eurozona e de todo o mundo e garantiu que a União Europeia fará tudo o que for necessário para proteger a estabilidade financeira dos países que compartilham a moeda única.
"A Europa assume suas responsabilidades no mundo e também em casa", disse Van Rompuy em seu discurso no plenário da Assembleia Geral da ONU, no fórum em que falou em nome da UE.
Van Rompuy reconheceu que os países da zona do euro "estão enfrentando o teste mais sério em anos com a crise da dívida soberana".
"Os líderes europeus estão adotando suas decisões em nível individual e em conjunto para acabar com estas turbulências", acrescentou o presidente do Conselho Europeu, quem afirmou que os europeus estão atuando "com determinação e com espírito de solidariedade".
Ele enfatizou que nas próximas semanas e meses fará todo o necessário para proteger a estabilidade financeira da zona do euro, trabalhando mais a governança, estabilidade financeira e integração fiscal.
O ex-primeiro-ministro belga faltou que a UE "sabe que outras economias observam o bloco desde o momento em que os problemas podem afetar seus negócios e suas economias".
Também reivindicou que "outras grandes economias assumam sua responsabilidade com relação aos desafios internos. Que cada um coloque sua casa em ordem, seja reduzindo a dívida pública, estimulando a demanda doméstica ou escalando suas taxas de câmbio aos fundamentos da economia".
Os países da União Europeia, da mesma forma que outras grandes economias mundiais, sofrem há meses com uma preocupante situação financeira devido à crise econômica global e na zona do euro em particular pelas turbulências relacionadas com a crise da dívida soberana que afeta Grécia e que ameaça afetar outras economias europeias como as da Itália, Espanha, Bélgica e França.
Esse grupo de países comunitários de moeda comum está envolvido com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no processo de assistência à Grécia, da mesma forma que fizeram com a Irlanda e Portugal. EFE