Investing.com - O Bank of America (NYSE:BAC) rebaixou a classificação das ações da SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) para “neutra”, diante de uma estratégia incerta que pode afetar o pagamento de dividendos, no entendimento do banco.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o BofA disse que a tese de investimento mais voltada à uma estratégia defensiva, mas com upsides de crescimento, é “prejudicada pelo anunciado reequilíbrio do portfólio de terrenos sem perspectiva de crescimento atrelado e potencial limitação na distribuição de dividendos devido ao capital alocado no negócio”, segundo apontado pelos os analistas Guilherme Palhares e Isabella Simonato.
A companhia apresentou um pagamento de proventos com rendimento médio de 5,7% nos últimos anos. Caso a SLC pagasse sua geração de caixa em 2022, o rendimento poderia ter sido de 10%.
A mudança de recomendação ocorre após a SLC comunicar a compra de uma área de 12 mil hectares de área plantada na fazenda Paysandu por R$ 470 milhões, 4% do valor de mercado, o que representa 42% da geração de caixa prevista para 2022. A medida traria incerteza em relação à futura alocação de capital, de acordo com o BofA, que não considera que a aquisição traz um acréscimo de valor “óbvio”.
“Vemos o aluguel do Paysandu rodando a 6,5% do valor pago pelo terreno. Para a empresa atingir o break-even, a valorização do terreno precisaria ficar em torno de 4,5% ao ano”, destacam os analistas.
O BofA possui recomendação neutra para as ações da SLC, com preço-alvo de R$56.
Às 14h35 (de Brasília) desta segunda-feira, 27, as ações da SLC caíam 2,95%, a R$49,40.