Por Marianne Paim
Investing.com - O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) acredita que o crescimento financeiro superará bancos e seguradoras no acumulado do ano. Em relatório divulgado nesta terça-feira (30), os analistas apontam ainda que os chamados “Neobancos” e não bancos subiram 50% desde a mínima do Ibovespa em março, apoiados por notícias positivas sobre inflação e revisões do lucro por ação.
No entanto, os preços das ações ainda estão cerca de 15% abaixo das máximas de 52 semanas; neobancos/não bancos 20% abaixo. “Acreditamos que o rali pode ganhar força se o mercado continuar revisando os ganhos, principalmente se for sustentado por melhores rotações”, explicam os analistas Mario Pierry e Flavio Yoshida.
Crescimento financeiro superando bancos e seguradoras no acumulado do ano
As finanças não bancárias e os neobancos recuperaram-se de seus mínimos, pois a probabilidade de um ciclo de flexibilização aumentou gradualmente, diz o documento. A inflação têm convergido para dentro da faixa da meta do BC, o que pode desencadear cortes na Selic nas próximas reuniões. Economistas do banco esperam que os cortes comecem em agosto. Enquanto as ações financeiras de crescimento estão superando a média, os bancos de varejo tradicionais e as seguradoras (que superaram durante o ciclo de alta) subiram em um ritmo mais lento.
XP (BVMF:XPBR31), Inter e Nubank (BVMF:NUBR33) lideram o rali
A análise diz ainda que, após o anúncio de um quadro fiscal no final de março e surpresas positivas na inflação, financeiras não bancárias e neobancários subiram 50%, superando a alta de 20% do Ibovespa. Enquanto isso, os bancos incumbentes subiram 25% e as seguradoras 10%. O rali foi liderado por XP, Inter e Nubank (+70% em média). BTG e Bradesco (BVMF:BBDC4), que têm mais chances de se beneficiar de taxas mais baixas, lideraram entre os bancos (+60% e +40%, respectivamente).
“Apesar desses retornos impressionantes, a maioria das ações permanece abaixo dos máximos de 52 semanas. As ações financeiras estão 15% abaixo das máximas de 52 semanas, arrastadas por não bancos e neobancos (-20%). O Inter está 55% abaixo de sua máxima de 52 semanas. XP. PagSeguro (NYSE:PAGS) e Bradesco estão 40% e 25% abaixo, respectivamente. Enquanto isso, o Nubank está sendo negociado atualmente em sua alta de 52 semanas, após forte desempenho desde ganhos acima do esperado no 1T23”, pontuam.
Riscos apesar dos benefícios
Os analistas dizem ainda que é possível ver riscos, apesar dos benefícios potenciais de taxas mais baixas. Neste caso, a aposta para avaliação de compra é para PagSeguro, Cielo (BVMF:CIEL3) e B3 (BVMF:B3SA3). “Continuamos a ver vários riscos de execução no STNE (NASDAQ:STNE) e XP (Neutro), apesar dos benefícios potenciais nos ganhos provenientes menores taxas”, afirmam.
Para bancos, a aposta vai para BTG Pactual (BVMF:BPAC11) e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3). Já para seguradoras o cenário de compra é para Porto Seguro (BVMF:PSSA3) e Caixa Seguridade (BVMF:CXSE3), que, segundo o relatório, “estão prontas para registrar um melhor crescimento de ganhos à frente”.