Investing.com — Em um processo de expansão de suas operações logísticas, o Mercado Livre (NASDAQ:MELI) pode passar por uma pressão de despesas no curto prazo, mas o aumento desses investimentos e os impactos relacionados devem ser triviais diante das tendências positivas para a companhia, na opinião do Bank of America (NYSE:BAC), que tratou do tema em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 30 de setembro.
“O Meli anunciou que mais do que dobrará os centros de distribuição no Brasil nos próximos 18 meses, um movimento que acreditamos que pode ser emblemático de uma expansão mais ampla”, recordam os analistas Robert Aguilar, Melissa Byun e Wellington Santana.
Segundo o BofA, o aumento na capacidade vai possibilitar que a companhia efetue maior número de entregas diárias, além de dar “suporte à adoção mais ampla do vendedor, expandirá ainda mais o mercado endereçável da Meli e aumentará a conversão”.
Como pontos que motivam a avaliação de que a pressão de custos tende a ser trivial, além da maior capacidade logística, os analistas citam progressos para simplificação e aumento de ferramentas para os vendedores, resultando em funcionalidades e treinamento mais eficazes. A conversão foi elevada, após aprimoramento de algoritmos, ferramentas de gerenciamento de preços e de relacionamento com o cliente.
Além disso, os esforços para possibilitar maiores ganhos com anúncios, levando a aumento da conversão e percepção de retorno, também estão entre os motivos para esta análise, assim como as perspectivas favoráveis no Meli+, assinatura que oferece benefícios por meio de pagamento mensal com renovação automática, que poderia resultar em um aumento imediato do GMV em mais de 50%.
O BofA possui recomendação de compra para as ações do Mercado Livre, com preço-alvo de US$2500. Às 14h10 (de Brasília), os papéis registravam queda de 0,39%, a US$2056,63. Enquanto isso, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) do Meli ganhavam 0,19%, a R$93,19.