Por Hanna Rantala
LONDRES (Reuters) - Michelle Williams foi aclamada pela crítica por sua atuação no drama autobiográfico de Steven Spielberg, "Os Fabelmans", e sua interpretação no papel da mãe do diretor garantiu a ela uma indicação ao Oscar de melhor atriz nesta terça-feira.
Co-escrito por Spielberg e Tony Kushner, o filme se passa nas décadas de 1950 e 60 e segue o personagem fictício Sammy Fabelman, baseado em Spielberg quando jovem, quando ele se apaixona pelo cinema e descobre um segredo de família que muda a maneira como ele vê o mundo.
Williams e Paul Dano interpretam a mãe de Sammy, Mitzi, e o pai Burt, inspirados nos pais de Spielberg, os falecidos Leah Adler e Arnold Spielberg.
Em entrevista à Reuters no início deste mês, Williams falou sobre o papel, sobre um Spielberg emocionado no set e sobre a temporada de premiações.
Abaixo estão trechos da entrevista, editados para tamanho e clareza.
P: Como foi interpretar essencialmente a mãe de Steven Spielberg e assumir esse papel enérgico?
Williams: "Energia muito alta! Honestamente, foi uma coisa linda de se habitar por um período de tempo. Eu adorava ser ela. Eu adorava queimar tão intensamente e ter tanto para dar, a ponto de realmente sentir falta dela... quando tudo acabou."
P: Como mãe e artista, o quanto sua personagem Mitzi e a mãe de Spielberg, Leah Adler, ressoaram em você?
Williams: "Ela realmente ressoou e continua honestamente a fazer isso, do jeito que ela era, uma artista. Ela era uma pianista incrível, poderia ter sido uma pianista concertista, poderia ter viajado o mundo. Mas ela usou toda aquela energia e colocou em sua família, e ela fez de sua família esse grande ato criativo. Ela tornou suas infâncias tão cheias de imaginação, caprichos, brincadeiras, alegria e diversão."
P: Eu entendo que Spielberg ficou bastante emocionado quando viu você e Paul Dano no set como os pais dele?
Williams: "É um momento tão interessante porque aqui está esse homem na sua frente chorando, porque ele está tão emocionado em ver a presença de seus pais novamente, e é realmente por isso que ele fez o filme, porque ele os amava tanto e queria trazer eles de volta e honrá-los e contar sua história. Então seu coração está com ele porque ele é emotivo, mas também por dentro, como ator, você está pensando: 'Oh, graças a Deus, está funcionando. Estamos no caminho certo'."