Ciro Nogueira diz não ter assinado impeachment de Moraes e é cobrado por Malafaia: ’Traidor’

Publicado 06.08.2025, 13:20
Atualizado 06.08.2025, 16:40
© Reuters.  Ciro Nogueira diz não ter assinado impeachment de Moraes e é cobrado por Malafaia: 'Traidor'

Após o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), afirmar que não assinará o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encampado pelos colegas bolsonaristas no Senado, o pastor Silas Malafaia chamou o parlamentar de "traidor".

"Você é uma raposa e um camaleão na política. Quem é você para falar pelos outros senadores? Se recolha a sua mediocridade política", escreveu o pastor em seu perfil no X (antigo Twitter), acusando Ciro Nogueira de "joguinho político psicológico".

O senador afirmou que a pauta é "impossível", já que o Congresso não tem votos suficientes para o impedimento do ministro. Os colegas bolsonaristas recolhem assinaturas para apoiar a abertura do processo, porém, isso depende exclusivamente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que em diversas ocasiões afirmou que não caminhará com eventual impedimento.

"Nós não temos 54 senadores para aprovar. E aqui fala uma pessoa que, durante meus 32 anos de mandato, se tornou uma pessoa muito pragmática. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso", disse Ciro Nogueira durante entrevista ao portal Metrópoles nesta quarta-feira, 6.

Presidente do PP e ex-ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador relembrou que o único com poder de abrir o processo é Alcolumbre. "Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado. Então, essa pauta, eu não vou perder tempo com ela", disse.

Os congressistas seguem no segundo dia de obstrução dos trabalhos legislativos nas Casas, protestando contra a prisão de Bolsonaro e exigindo um pacote de medidas que beneficiam o ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, em 134 anos, o STF só teve um integrante demovido do cargo por decisão do Poder Legislativo, mas caso ocorreu em 1894, durante o Império, quando senadores constataram que Cândido Barata Ribeiro, indicado para uma das cadeiras na Corte, não possuía "notório saber". A sabatina em que se constata isso era realizada depois da posse, diferente de hoje.

O impeachment de ministros do STF passou a ter previsão legal em 1950 e, desde então, nunca ocorreu.

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