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A ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), disparou pedidos “esdrúxulos” sobre reservas hoteleiras para a COP30 (Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).
Ao Poder360, o presidente da ABIH, Tony Santiago, disse que as “ameaças” do governo para interferir nas negociações entre delegações e estabelecimentos de hospedagem têm o “único propósito de prejudicar o andamento das negociações”.
Vinculado ao Ministério da Justiça, a Senacon notificou formalmente 24 estabelecimentos de hospedagem sobre possíveis “práticas abusivas” em relação aos preços das diárias ofertadas a delegações do evento.
Segundo a Senacon, os ofícios enviados têm “caráter preventivo e visam apurar possíveis práticas abusivas e aumentos atípicos nos preços de diárias no contexto da realização da COP30”.
Após o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, apresentar um plano de logística sobre o esquema de hospedagens, delegações europeias cogitam reduzir até 50% seus tamanhos para se adequar ao número de leitos disponíveis.
Apesar das críticas, a ABIH afirma que as hotelarias estão “empenhadas em uma grande parceria com o governo do Pará para fazer uma grande COP”.
“Nossa missão é viabilizar hospedagem a todas as delegações que tenham dificuldades nas suas estadias. Num grande esforço vamos ter tarifas condizentes para atender as demandas dos países menos favorecidos”, completou Santiago.