(Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista ao jornal O Globo divulgada neste domingo que o governo pode acelerar a privatização da Eletrobras (SA:ELET3) e as concessões de alguns aeroportos para ajudar a fechar as contas de 2017.
Meirelles afirmou ainda que a proposta de reforma da Previdência é “o plano A, B e C” do governo, mas admitiu que, se ela for desidratada pelo Congresso, a equipe econômica vai avaliar medidas alternativas que não dependam do quórum necessário para aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC).
"Podemos discutir com o Congresso medidas que tenham outro tipo de quórum. Mas não temos ainda um plano. Foi uma colocação conceitual. O que temos é uma proposta de reforma que foi aprovada pela comissão especial da Câmara. O país vai ter que enfrentar as consequências caso não seja aprovada uma reforma aceitável", disse o ministro.
Nesta semana, o governo anunciou pacote de privatizações e concessões, sendo que a Eletrobras (SA:ELET6) é o principal ativo desse pacote. [nL2N1L91JB]
No sábado, Meirelles havia dito que “é factível concluir esse pacote até o fim de 2018”. [nL2N1LC0L5]
Caso o leilão de usinas da Cemig (SA:CMIG4) seja cancelado, o ministro admitiu que o governo pode antecipar as concessões e outros processos de privatização que, segundo ele, podem gerar "recursos até superiores ao que está orçado".
"Podemos trabalhar com maior celeridade com a “descotização” das hidrelétricas da Eletrobras. Há um leque de alternativas", declarou Meirelles, descartando o aumento de impostos.
O ministro disse também que a privatização dos Correios ainda não está na mesa para discussão.
(Por Tatiana Ramil, em São Paulo)