Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) decidiu indicar a punição do afastamento do mandato por até seis meses para os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Camila Jara (PT-MS).
Todas as decisões foram tomadas em razão do tumulto nesta semana, quando bolsonaristas resolveram impedir o início da sessão da Câmara ocupada a Mesa Diretora do plenário.
A decisão ainda precisa passar pelo crivo do Conselho de Ética, o que deve já acontecer nos próximos dias. Segundo comunicado da Secretaria-Geral da Mesa, todas as denúncias sobre condutas praticadas durante o motim foram encaminhadas à Corregedoria Parlamentar. Um ofício enviado por PT, PSB e PSOL, que pede a suspensão de cinco parlamentares, deu o pontapé inicial às representações.
Alguns desses nomes já passavam por análise de Motta - ao menos por enquanto, Paulo Bilynskyj (PL-SP) deverá ser poupado e não será afastado do mandato. Uma petista foi adicionada à lista de sancionados.
Camila Jara foi acusada por Nikolas Ferreira (PL-MG) de empurrá-lo durante a confusão para reestabelecer o controle do plenário. A deputada petista nega que tenha agredido. Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que havia um "empura-empurra" na Casa e que ela afastou Nikolas, que pode ter se desequilibrado.
Como mostrou o Estadão, Pollon foi o último a resistir e foi ele quem teve que ceder a cadeira da presidência da Câmara para Motta retomar os trabalhos. Dias antes, ele chamou o presidente da Câmara de "bosta" e "baixinho de um metro e 60".
Na representação, os partidos de esquerda dizem que Zé Trovão tentou impedir fisicamente Motta de conseguir voltar à Mesa Diretora. "A liberdade de expressão parlamentar não abrange o direito de impedir fisicamente o exercício legítimo de função pública", diz o documento.
A expectativa é que o Conselho de Ética tenha uma semana movimentada. Além de todas as representações sobre a confusão que paralisou os trabalhos da Câmara nesta semana, devem enfim chegar ao colegiado outra representações já apresentadas à Mesa Diretora sobre outros parlamentares como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. Já foram protocolados um pedido de suspensão e um de cassação de Eduardo.
Pessoas familiarizadas com a movimentação na Câmara estimam que mais de 20 representações devem chegar ao Conselho.
A obstrução da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso teve fim após mais de 30 horas, no final da noite desta quarta-feira, 6. Os congressistas, que impediram fisicamente que os trabalhos legislativos iniciassem nesta terça-feira, 5, após o recesso parlamentar, tinha como exigência que três projetos fossem pautados pelos presidentes da Câmara e do Senado Federal.