Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sinalizou nesta 4ª feira (6.ago.2025) que apresentará ainda nesta semana a prefeitos as medidas para atenuar os efeitos do tarifaço dos EUA sobre produtos como frutas, café e calçados, além da siderurgia. O assunto foi tratado em reunião com uma comitiva da FNP (Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos), na sede do ministério.
Estão entre as medidas aventadas no plano de contingência:
- compensações fiscais para municípios;
- linhas de crédito subsidiadas para exportadores;
- compras governamentais de produtos mais afetados pela taxação e que têm os EUA como mercado;
- assegurar às médias e grandes empresas exportadoras a recuperação de até 10% do imposto pago na cadeia produtiva;
- abertura de novos mercados, como a União Europeia.
O Poder360 apurou que Alckmin disse aos prefeitos que uma solução para o impasse envolvendo frutas e calçados “não é tão simples”. A taxa adicional sobre vários desses itens entrou em vigor nesta 4ª feira (6.ago).
O prefeito de Petrolina (PE), Simão Durando (União Brasil), participou do encontro e confirmou a informação de que Alckmin prometeu apresentar aos municípios essas medidas nesta semana. Ele disse haver uma “urgência” para resolver a situação de produtos perecíveis, como manga e uva, que seriam exportados para os EUA nesta semana no Vale do São Francisco, polo produtor da fruticultura.
“São 2.500 contêineres de manga e mais de 900 contêineres de uva. Isso dá mais de US$ 90 milhões que seriam exportados e que seriam devolvidos em receita para o Vale do São Francisco e para a Petrolina. Vale (BVMF:VALE3) salientar que 1/3 terço da população de Petrolina depende diretamente da fruticultura irrigada e esses contratos já tinham sido firmados para começar a colheita agora, no início de agosto”, declarou em entrevista a jornalistas.
A prefeita de Juiz de Fora (MG), Margarida Salomão (PT), é secretária-geral da FNP. Ela disse ter relatado a Alckmin os “efeitos extremamente nocivos” do tarifaço aos municípios, com riscos a empregos, perda de arrecadação e de mercado de vários produtos.