A América Latina deve sofrer com um ambiente externo mais desafiador, incluindo condições financeiras mais restritivas, que resultaram na depreciação das moedas da região. É o que diz o banco Itaú em relatório divulgado aos clientes e ao mercado na 2ª feira (9.out.2023).
“Muitos bancos centrais já começaram o processo de flexibilização monetária, mas a magnitude dos ciclos e o ritmo dos cortes dependem da evolução do cenário externo”, escreveu o banco. Eis a íntegra (PDF – 2 MB).
Na opinião do Itaú, os riscos são de juros terminais mais elevados para os países, com base nessas condições mais apertadas.
“Apesar da continuidade do processo desinflacionário nas principais economias latino-americanas, diversos fatores exercem pressões altistas, como a depreciação cambial, o aumento do preço do petróleo e choques climáticos de caráter transitório”.
O Itaú aumentou as projeções de inflação em 2023 para Chile, Colômbia e México, enquanto Brasil e Peru tiveram dados mantidos. O banco ainda destacou a necessidade de monitoramento da política fiscal na América Latina em 2024, diante de anúncios de elevação das despesas de governos e agravamento dos desequilíbrios macroeconômicos na Argentina.