O preço do óleo diesel ficou estável nesta semana no Brasil, sendo vendido em média a R$ 6,10. É o que indica pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgada nesta 6ª feira (22.set.2023).
Embora tenha ficado no mesmo patamar da semana anterior, o valor continua sendo o mais alto desde fevereiro. O combustível vinha num cenário de escalada nos preços, tendo chegado a 7 semanas consecutivas de alta.
A gasolina foi vendida em média a R$ 5,82 na semana de 17 a 22 de setembro. Na semana anterior, estava em R$ 5,84. É a 4ª redução nos preços consecutiva depois de o combustível ter atingido R$ 5,88 no final de agosto, o maior valor do ano.
Já o etanol também ficou estável, sendo vendido em média a R$ 3,64. O consumo do biocombustível tem crescido no país diante do elevado preço da gasolina.
O caso do diesel é o mais delicado. O Brasil importa cerca de 25% do que é consumido internamente. Como a nova política de preços da Petrobras (BVMF:PETR4) não segue totalmente o cenário externo, cria-se uma defasagem crescente entre os preços internos e os praticados internacionalmente, o que dificulta as importações.
O cenário só não era pior até agora porque o Brasil, sobretudo a Petrobras, intensificou nos últimos meses a compra de diesel da Rússia. Em guerra, o país vinha exportando a preços menores, já que tem restrições no comércio internacional com vários países e precisava escoar o derivado.
No entanto, nesta semana a Rússia anunciou restrições temporárias na exportação de diesel e gasolina. O objetivo é equilibrar a oferta no mercado interno do país. A medida deve afetar o mercado brasileiro nas próximas semanas.
Como noticiado pelo Poder360, o preço dos combustíveis já tem uma tendência de crescimento no restante de 2023, diante dos cortes na produção de petróleo na Arábia Saudita e na Rússia, o que tem pressionado as cotações do barril.