🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Renan Filho confirma que governo estudará uso de PPPs para projetos ferroviários

Publicado 03.01.2023, 11:50
Atualizado 03.01.2023, 15:11
© Reuters Renan Filho confirma que governo estudará uso de PPPs para projetos ferroviários

O ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou nesta terça-feira, 3, que o governo vai estudar o uso de parcerias público-privadas (PPPs) para novos projetos ferroviários. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou em reportagem publicada no último mês que o caminho seria analisado pela administração Lula, diante da forte necessidade de recursos para levantar traçados ferroviários.

"O que é novo, é que se a gente tiver condições orçamentárias para fazer PPPs, que governo entre com pedaço, mesmo que pequeno, 5%, 3%, 8%, de um projeto já ajuda", disse Renan Filho a jornalistas após cerimônia de posse.

Ele destacou que também irá aguardar as discussões do novo arcabouço fiscal para analisar e organizar a capacidade de investimento que pasta terá para injetar no setor. "Compromisso número um é terminar ferrovias que estão andando. Para novos grandes projetos, principalmente ferrovias público-privadas. Para conclusão de projetos existentes pode haver alocação de recursos públicos, o compromisso desse governo é de terminar todas as obras públicas em andamento", explicou Renan Filho. "Para novos projetos, obviamente pelas restrições fiscais e orçamentárias, precisa atrair o capital privado, mas teremos essas condições, dialogando com o mundo de maneira respeitosa, respeitando o meio ambiente, a democracia", afirmou, destacando ser necessário trazer investimentos de fora, e de segmento que "tope" receber o retorno em 30 ou até 50 anos.

"Quando fala-se de concessões de ferrovias, são projetos bilionários, que o segmento da sociedade aplica recursos para ter retorno em 30, 40 anos, às vezes 50 anos. Pessoas só fazem isso se tiver segurança jurídica, garantias legais. Brasil já deu passos nesse sentido, mas precisa dar outros", disse o ministro, que citou a necessidade de fazer esforços para reduzir a zero a importância do modal rodoviário no transporte de grãos e minérios, transferindo esse papel para as ferrovias. "Mostra-se na experiência internacional que o melhor caminho é por PPP, e não por uso de recursos públicos porque eles são escassos, e as ferrovias requerem muitos recursos", reforçou.

Ele ainda confirmou que o governo deverá manter o desenho da nova Infra SA, estatal que surgiu da incorporação da EPL e da Valec - a última responsável pela construção de ferrovias com recursos públicos.

Questionado se as PPPs poderão ser usadas para traçados que já estão em construção com investimento cruzado, como Fico e Fiol, Renan Filho disse que precisaria olhar os contratos caso a caso. "Mas incentivos cruzados são práticas usadas em muitos lugares, precisa verificar os melhores caminhos. Vamos ouvir todo mundo", completou.

Rodovias

O ministro dos Transportes afirmou também que há possibilidade de o governo estudar o reequilíbrio de concessões de rodovias em processo de devolução pelas empresas. Ele destacou, contudo, que essa hipótese será analisada caso a caso, porque só há chances de se fazer o reequilíbrio quando não houver descumprimento do contrato pela concessionária.

"Há possibilidade, mas precisamos observar caso a caso, porque só há possibilidade de reequilibrar o contrato se a gente observar que não houve descumprimento do contrato, que houve um erro original. Por isso essas questões não podem ser faladas de maneira geral, que é uma fala do ministro dizendo assim 'olha, vou fazer isso e aquilo' nem sempre é bem interpretada", respondeu. "Contrato, de maneira geral, cumpre-se, de maneira especifica. Avalia-se o que houve. Mas, aí tem de olhar: está na esfera administrativa? Está na esfera judicial? Houve decisão judicial? Tudo isso importa na hora da decisão."

Estão na fila da "devolução amigável" a Via-040 (BR-040), a MS Via (BR-163/MS), a Concebra (BR-060/153/262), a Autopista Fluminense (BR-101/RJ), a Rota do Oeste (BR-163/MT), a Rodovia do Aço (BR-393). Quando uma empresa aciona a devolução, o ativo é colocado no futuro novamente a leilão. O ministro indicou, contudo, que poderá avaliar a possibilidade de, em alguns casos, o contrato ser reequilibrado.

Renan Filho disse ainda ser um "defensor extremo do cumprimento de contratos". "Quando descumprimento é privado, há uma leniência maior, por parte da sociedade e também da imprensa. A gente precisa cobrar o cumprimento dos contratos de lado a lado, só assim o pais vai oferecer mais segurança jurídica para gente colocar de pé projetos bilionários", disse.

Ele ainda reforçou que pretende continuar com o "calendário total" de concessões organizadas pelo governo Bolsonaro. Observou, contudo, que o novo governo irá analisar antes os projetos. "O presidente Lula já falou e eu queria repetir aqui, nós não vamos deixar nada parar no Brasil, nosso intuito é exatamente botar pra andar o que está parado e o que está andando nada para. Nada para no Brasil, nosso intuito é botar pra andar o que está parado e o que está andando vamos dar uma olhada, revisitar, observar as nuances de cada questão, mas tocar tudo pra frente. Óbvio que vamos verificar pra ver o melhor caminho", disse.

100 primeiros dias

Questionado ainda sobre o plano para os 100 primeiros dias que deve apresentar em até duas semanas, o ministro respondeu que irá elencar por meio desse compromisso quais obras irá retomar, quais empreendimentos serão acelerados e quais entregas serão feitas, por exemplo. "Como vamos agir em caso de emergência, o que vamos fazer para enfrentar o escoamento da safra agrícola que está pronta para ser escoada nos próximos três meses, o que vamos fazer no período de chuvas, é isso que a sociedade quer ouvir e esse que é o papel do ministério, dizer o que vai fazer às pessoas", afirmou.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.